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G7 admite estímulos orçamentais para conter impacto do coronavírus

Os ministros das finanças dos países representados no G7, que se reuniram hoje por teleconferência, disseram que estariam atentos à propagação da epidemia Covid-19 e estariam a equacionar avançar com estímulos orçamentais. No entanto, não avançaram com medidas concretas.

A propagação do coronavírus está a ter um forte impacto em vários setores de atividade, sobretudo no turismo EPA
03 de Março de 2020 às 13:01
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Os representantes dos países do grupo G7, que reúne as economias mais industrializadas do mundo, disseram que estariam a equacionar libertar estímulos orçamentais para conter o avanço da epidemia Covid-19, segundo disseram os ministros, após a teleconferência desta terça-feira, dia 3 de março, mas sem avanças com medidas concretas.

"Nós, Ministros das Finanças do G-7 e Governadores do Banco Central, estamos a monitorizar de perto a propagação do coronavírus 2019 (COVID-19) e o seu impacto nos mercados e condições económicas", pode ler-se no comunicado emitido pelo secretário do Tesouro dos EUA (que preside atualmente a este fórum), após a teleconferência. 

Os decisores políticos estavam sobre pressão para se chagarem à frente com medidas capazes de travar o ímpeto do coronavírus nas economias em todo o mundo, depois de os mercados acionistas terem vivido a sua pior semana desde a crise financeira de 2008. No entanto, apesar de se mostrarem atentos ao impacto da epidemia e de até terem aberto a porta a estímulos orçamentais, não avançaram com qualquer medida concreta.


"Juntamente com o fortalecimento dos esforços para expandir os serviços de saúde, os ministros das Finanças do G7 estão prontos para tomar ações, incluindo medidas orçamentais quando apropriado, para ajudar na resposta ao vírus e apoiar a economia durante esta fase", pode ler-se no comunicado.

A teleconferência foi liderada pelo secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, e pelo presidente da Reserva Federal do país, Jerome Powell, e contou com a presença de ministros de cada um dos países representados no G7.

"Reafirmamos o nosso compromisso de usar todas as políticas apropriadas e ferramentas para alcançar um crescimento forte e sustentável e salvaguardar contra riscos de queda", afirmou o G7.

Nesta terça-feira a Austrália e a Malásia cortaram as taxas de juros diretoras dos respetivos países, numa altura em que os investidores veem a possibilidade da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) e do Banco Central Europeu atuarem na mesma linha. Os mercados estão a antever um corte de 50 pontos base da Fed na próxima reunião dos dias 17 e 18 de março.

O presidente do banco central, Jerome Powell, disse que iria "agir como fosse mais apropriado" para suportar a expansão económica dos Estados Unidos.  

Hoje, antes da conferência, os mercados arrefeceram as suas espectativas, depois de a Reuters ter noticiado que o rascunho das conclusões do G7 não continha uma promessa de um estímulo coordenado.

Após o comunicado ter sido emitido, as bolsas europeias aliviaram dos fortes ganhos. O Stoxx600 estava a registar a subida diária mais forte desde 2016 e agora marca uma valorização abaixo de 2%. 


(Notícia atualizada às 13:22)
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