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Desvalorização da moeda chinesa afunda Wall Street

As principais bolsas norte-americanas encerraram em baixa, a acompanharem a tendência dos restantes mercados accionistas mundiais, pressionadas pela desvalorização do yuan por parte da China.

11 de Agosto de 2015 às 21:23
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O Standard & Poor’s 500 fechou a cair 0,9% para 2.084,35 pontos e o índice tecnológico Nasdaq Composite cedeu 1,27% para 5.036,78 pontos.

 

O Dow Jones, por seu lado, recuou 1,20% para se fixar nos 17.403,54 pontos.

 

Depois de ontem as bolsas do outro lado do Atlântico terem recuperado fôlego – muito à conta dos títulos ligados às "commodities", que foram animados pela subida das cotações das matérias-primas de referência – na sessão desta terça-feira voltaram a terreno negativo.

 

A contribuir para as quedas de hoje esteve sobretudo o facto de a China ter depreciado a sua moeda em 1,9%, naquela que foi a maior desvalorização desde meados dos anos 90. Esta decisão reacendeu os receios de que a segunda maior economia do mundo esteja a caminho de uma desaceleração ainda mais profunda.

 

"As forças motrizes de hoje continuaram a estar orientadas para uma visão macroeconómica, com a China no centro das atenções", comentou à Bloomberg o director do departamento bolsista da JMP Securities, Tom Wright. "Estivemos imenso tempo obcecados com a Grécia e Porto Rico, mas a China é uma economia muito maior e um problema mais vasto para a economia global e o facto de ter desvalorizado a sua moeda deixou todos abalados", acrescentou o mesmo estratega.

 

Esta decisão inesperada da China reforçou a especulação de que a Reserva Federal norte-americana pode decidir adiar mais um pouco o arranque da subida das taxas de juro, uma vez que a ameaça de abrandamento na China pode prejudicar o crescimento global, com os preços das matérias-primas em queda e a penalizarem a inflação, refere a Bloomberg.

 

A probabilidade de a Fed subir os juros em Setembro passou de 54% para 46%, segundo a projecção média dos economistas inquiridos pela Bloomberg.

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