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Desconto excessivo e margem ajudam BES na Bolsa
O BES apresentou, na sexta-feira passada, um prejuízo de 144 milhões de euros relativo ao terceiro trimestre, um resultado mais negativo do que o esperado pelos analistas. Contudo, os investidores não se amedrontaram. O susto já tinha sido descontado na cotação nos dias anteriores.
O BES apresentou, na sexta-feira passada, um prejuízo de 144 milhões de euros relativo ao terceiro trimestre, um resultado mais negativo do que o esperado pelos analistas. Contudo, os investidores não se amedrontaram. O susto já tinha sido descontado na cotação nos dias anteriores.
O banco sob o comando de Ricardo Salgado disparou na primeira sessão bolsista desde que foram conhecidos os resultados. Chegou a subir 7,05% durante a sessão, tendo terminado com uma valorização de 3,63%. Foi um dia de ganhos, depois de, nas 10 sessões anteriores, os títulos terem caído mais de 16%.
A margem financeira, que se fixou em 297 milhões de euros no terceiro trimestre, subiu 19,4% face ao trimestre anterior. "Depois de vários trimestres desapontantes, conduzidos por uma guerra de depósitos em Portugal e por condições financeiras difíceis em Angola, as margens estão a recuperar", escreveu o Citi.
As casas de investimento nacionais, sublinhando a "sólida" margem financeira, deram destaque à deterioração da qualidade de activos do BES -, mas também à maior cobertura dos créditos em risco. "Foi mais um trimestre marcado pela deterioração da qualidade dos activos do banco, ainda que a um ritmo menor que nos dois trimestres anteriores, o que poderá indiciar uma tendência de estabilização futura desta variável (a necessitar de confirmação no quarto trimestre de 2013), algo que será fundamental para a recuperação da rentabilidade do banco em 2014", antecipa o CaixaBI, numa nota de comentário.