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CFO do BCP: É normal que quem subscreveu acções a 9,4 cêntimos aproveite para vender
O CFO do banco considera que é normal que haja oscilações acentuadas após operações de aumento de capital.
As acções do BCP seguem a negociar em mínimos históricos, nos 13,27 cêntimos por acção, com o banco a prolongar a forte queda registada nas duas últimas sessões. Um movimento que Miguel Bragança considera que "é normal" após este tipo de operação. Para o CFO do banco, quem comprou acções a 9,4 cêntimos no aumento de capital poderá estar a aproveitar para realizar uma mais-valia.
"Quem subscreveu a acção a 9,4 cêntimos é normal que tenha oportunidade para vender. Há algum ‘profit taking’", observou Miguel Bragança, quando questionado sobre a forte desvalorização acumulada pelas acções do banco nos últimos dias, numa sessão especial de comemoração da admissão à negociação dos novos títulos, na Euronext Lisbon.
O CFO do BCP adiantou que "é normal nos aumentos de capital haver muitas oscilações" e quem "consegue subscrever muito barato" acaba depois por aproveitar para vender. As acções do banco afundam 6,37% para 13,67 cêntimos, tendo já negociado nos 13,27 cêntimos, o que corresponde à cotação mais baixa de sempre. O anterior mínimo histórico tinha sido fixado a 12 de Janeiro (poucos dias depois do anúncio do aumento de capital de 1,33 mil milhões de euros) nos 13,61 cêntimos.
Depois de várias sessões em alta a reflectir o fim da negociação dos direitos de subscrição do aumento de capital, as acções do BCP estão em forte queda pela terceira sessão consecutiva. Neste período caem já mais de 23%, elevando a perda no ano para 27%.
"Reserse stock split" não está nos planos
No seguimento do aumento de capital, as acções voltaram a negociar em valores de cêntimos. Ainda assim, o BCP não pretende avançar com uma nova operação de "reverse stock split", com o objectivo de aumentar o valor nominal das acções.
"Sem o ‘reverse stock split’ não podíamos ter feito este aumento de capital e não temos previsto fazer nenhum aumento de capital nos próximos tempos", esclareceu Miguel de Bragança.