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Bolsas europeias atingem máximos de sete anos animadas pela Grécia
Os principais índices europeus estão a negociar em alta pela segunda sessão consecutiva, animados pela possibilidade de um acordo entre a Grécia e os credores internacionais. O Stoxx600 está no nível mais alto desde Novembro de 2007.
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A Grécia confirmou esta quarta-feira, 18 de Fevereiro, que vai pedir uma extensão dos empréstimos europeus por mais seis meses. E o mercado não tardou a reagir.
As bolsas europeias seguem em alta pela segunda sessão consecutiva, negociando no nível mais elevado em mais de sete anos. O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, avança nesta altura 0,84% para 380,18 pontos, o valor mais alto desde 1 de Novembro de 2007.
Desde o início do ano, o índice acumula uma valorização de 11%, impulsionada pelo anúncio do programa de alívio quantitativo por parte do Banco Central Europeu (BCE).
Esta quarta-feira, a justificar o optimismo do mercado está a possibilidade de um entendimento entre a Grécia e os credores internacionais, depois de um porta-voz do Executivo de Atenas ter confirmado que o país vai pedir, ainda esta quarta-feira, uma extensão por mais seis meses dos empréstimos europeus.
"Vamos esperar, hoje, que o pedido de extensão do empréstimo seja apresentado pelo ministro das Finanças Varoufakis", anunciou o porta-voz do Governo grego, Gabriel Sakellaridis, em declarações à Antenna TV, citadas pela Reuters.
É precisamente a bolsa de Atenas que lidera os ganhos na Europa, com uma valorização de 2%, impulsionada sobretudo pelas cotadas do sector financeiro. O espanhol IBEX sobe 1,06%, o francês CAC40 avança 0,99% e o PSI-20 valoriza 0,8%.
"A Grécia e a Zona Euro têm de alcançar um bom compromisso", referiu, em declarações à Bloomberg, Andreas Lipkow, estratega da Kliegel & Hafner em Berlim. "Os investidores têm reduzido o peso das acções europeias nas suas carteiras, e é por isso que cada dia fraco no mercado é uma oportunidade de compra para os investidores. O QE é o tema mais importante na Europa no momento. Isso está a ofuscar tudo".
Entre as cotadas europeias que se destacam nos ganhos contam-se a PSA Peugeot, que valoriza 2,6% depois de ter apresentado resultados operacionais positivos pela primeira vez em três anos, e o Crédit Agricole, que sobe 6,1% depois de apresentar resultados que superaram as estimativas.