A bolsa nacional reforçou a tendência de ganhos da manhã, com o PSI-20 agora a valorizar mais de 1%, a liderar os ganhos nas praças europeias que também já estão em terreno positivo devido à valorização do petróleo e outras matérias-primas.

O PSI-20 sobe 1,47% para 4.952,34 pontos, com 14 cotadas em alta, três em queda e uma estável. O índice português vem de uma série de quatro sessões em terreno negativo e transaccionou ontem em mínimos de 8 de Abril.

Nas bolsas europeias a tendência também já é de ganhos, com a subida das matérias-primas a impulsionar as companhias do sector, ofuscando os resultados negativos divulgados por várias cotadas e receios dos investidores com um abrandamento económico global. Os resultados do Credit Agricole e da cimenteira LafargeHolcim ficaram abaixo do esperado e as acções das cotadas francesas evoluem em terreno negativo.

A valorização das matérias-primas ganhou maior peso no rumo das bolsas europeias, numa altura em que o petróleo em Londres valoriza 0,71% para 47,94 dólares, reagindo em alta ao relatório da AIE, que antevê um maior equilíbrio entre procura e oferta.

A Galp Energia é das cotadas que mais puxa pelo índice português, com uma valorização de 2,29% para 12,05 euros. Ainda no sector energético a EDP ganha 1,25% para 3,151 euros.

A contribuir para o reforço de ganhos do PSI-20 está também o BCP, com uma valorização de 3,75% para 0,0332 euros, bem como o BPI, que ganha 1% para 1,112 euros, em linha com o preço da OPA do CaixaBank (1,113 euros).

Esta valorização acontece depois de um período de quedas acentuadas. Os títulos do banco liderado por Nuno Amado acumularam uma queda de 18,34% nas últimas sete sessões, recuando em cada uma delas depois de ter anunciado a 2 de Maio uma quebra nos resultados líquidos do primeiro trimestre.

Também em destaque pela positiva está os CTT, que valorizam 0,68% para 8,01 euros depois de ontem a cotada ter anunciado que os resultados líquidos desceram 7% para 20,7 milhões de euros. Os analistas aprovaram os números. O BPI e o Haitong previam uma quebra dos resultados para cerca de 17 milhões de euros, enquanto o CaixaBI estimava um lucro de 16,6 milhões.

Nota ainda para a Sonae SGPS, que apresenta os resultados do trimestre depois do fecho da sessão. As acções da companhia liderada por Paulo Azevedo avançam 2,26% para 0,95 euros.

No lado das quedas destaque para a Pharol, que cede 1,46% para 0,135 euros depois da Oi ter anunciado que os prejuízos no primeiro trimestre mais do que triplicaram.

A Mota-Engil ganha 1,13% para 1,797 euros depois de ontem o "chairman" da empresa ter afirmado que a México vai ter um forte peso na actividade da construtora este ano.