O principal índice da praça helénica está a negociar em queda ligeira. Perde 0,19% depois de ter já subido 0,98% esta sexta-feira, 19 de Junho. Os juros da dívida pública da Grécia, negociados no mercado secundário, descem nas maturidades mais longas e sobem ligeiramente nas maturidades mais curtas. A dois anos, as "yields" somam 7,7 pontos base para 28,739% e a três anos crescem 2,3 pontos base para 19,189%. Já a dez anos, os juros recuam 48,7 pontos base para 12,546%.

Esta quinta-feira, 18 de Junho, realizou-se um encontro dos ministros das Finanças da Zona Euro (Eurogrupo) onde a situação da Grécia esteve em cima da mesa. No entanto, o encontro terminou sem um acordo entre os credores internacionais e a Grécia. Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, disse no final do encontro que "não há acordo à vista" com a Grécia. Depois de notar que a reunião serviu para "tomar o pulso à situação em relação ao programa grego", Dijsselbloem reconheceu que houve "poucos progressos [nas conversações] entre as instituições e a Grécia" e reiterou que as bases de negociação estabelecidas em Fevereiro último permanecem as mesmas.

Por sua vez, a directora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, confirmou que Atenas e os credores internacionais não chegaram a um acordo no Eurogrupo desta quinta-feira, aguardando agora novas propostas do Governo de Atenas. "Estamos à espera. As instituições reuniram algumas propostas muito sensatas, que representam uma flexibilização, e estamos à espera", afirmou Lagarde. Mas os parceiros internacionais e o Governo grego só poderão chegar a uma resolução com diálogo, avisou a directora do FMI. "Mas agora há pouco diálogo. Temos de restaurar o diálogo com adultos na sala", acrescentou Lagarde.

O Negócios escreve esta sexta-feira, 19 de Junho, que o Eurogrupo admitiu pela primeira vez que estão a ser ponderados todos os cenários em relação ao futuro da Grécia, incluindo a saída do euro.

Por outro lado, na edição de hoje o Negócios escreve que um acordo com Grécia é possível, mas se falhar não será um drama para Portugal. Os juros da dívida estão a aliviar, já as bolsas voltaram a subir. Movimentos que revelam que os investidores ainda acreditam que poderá ser alcançado um acordo que evite a saída da Grécia da Zona Euro. Mesmo que saia, o contágio será contido.

Entretanto, ainda esta manhã o Conselho de Governadores do Banco Central Europeu vai reunir-se para debater a liquidez da banca helénica.