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Bolsa grega sobe mais de 1% depois de Tsipras mostrar confiança num acordo em breve

A bolsa grega fechou em alta pela quinta sessão consecutiva, desta feita já depois de o primeiro-ministro grego ter mostrado confiança de que “estamos próximos” de um acordo. Também os juros da dívida a dez anos seguem em queda.

28 de Abril de 2015 às 16:38
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O índice bolsista grego FTASE encerrou a sessão desta terça-feira a valorizar 1,31% para 241,65 pontos, num dia em que negociou em máximos de 10 de Março e em que acumulou o quinto dia consecutivo a transaccionar em terreno positivo.

 

Num dia em que as principais bolsas europeias estão a negociar em baixa, a bolsa grega beneficiou do sentimento de maior confiança, por parte dos investidores, na possibilidade de Atenas poder chegar em breve a um acordo com as instituições credoras.

 

Esta segunda-feira à noite, numa entrevista à estação televisiva Star TV, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, disse acreditar "que estamos próximos" de um acordo.

 

Esta declaração surgiu depois de ontem de manhã, o também líder do Syriza ter reformulado a equipa que tem conduzido as negociações com os parceiros da Grécia, retirando poderes ao ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, no seguimento das fortes críticas, feitas no Eurogrupo realizado na sexta-feira, à forma como este tem liderado o processo negocial da parte grega.

 

Além disso, Alexis Tsipras também deixou cair a ideia de avançar com eleições antecipadas no caso de o acordo que venha a ser alcançado ultrapassar o mandato conferido pelos eleitores helénicos nas legislativas de 25 de Janeiro. O chefe do Executivo grego garante, porém, que se as medidas negociadas ultrapassarem aquilo que foi prometido durante a última campanha eleitoral, as autoridades helénicas vão avançar com um referendo sobre o hipotético acordo que for firmado com os credores.

 

Os juros da dívida grega transaccionados pelos investidores nos mercados secundários, no prazo a dez anos, mantêm a tendência dos últimos dias estando a recuar 74,4 pontos base para 10,97%.

 

Nas maturidades mais curtas houve alterações de cariz essencialmente técnico. Uma vez que a Grécia não dispõe de capacidade para emitir dívida no mercado primário, deixou, entretanto, de haver linhas de obrigações em várias maturidades. Por exemplo, quando a dívida helénica foi reestruturada em 2012, Atenas deixou de ter dívida com maturidade a dois anos.


O que significa que, com o tempo a passar e a Grécia sem emitir nova dívida de longo prazo, as maturidades das linhas existentes vão-se encurtando e deixa de existir em alguns prazos. Foi o que aconteceu esta terça-feira. Ontem ainda negociaram linhas a três e cinco anos, mas hoje estas linhas saltaram para as maturidades a dois e quatro anos. A
ssim, nas maturidades a dois e a quatro anos as "yields" das obrigações gregas estão a ser transaccionadas nos 20,35% e 15,05%, respectivamente.

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