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Bolsa grega atenua perdas mas juros da dívida continuam a disparar

A praça de Atenas está a perder terreno mas a queda é menos intensa do que no arranque da sessão. Os bancos estão a cair fortemente, depois da vitória do Syriza nas eleições deste domingo.

Investidores reagem com alguma apreensão ao resultados das eleições na Grécia no início da sessão
Reuters
26 de Janeiro de 2015 às 11:51
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À medida que a manhã avança, a bolsa grega vem aliviando as perdas que regista desde o início da sessão. Já o mercado de dívida continua sob forte tensão.

 

O índice ASE, que reúne as 60 maiores empresas helénicas, já esteve a perder mais de 5%. Segue agora a recuar 1,59% para os 827,05 pontos. É a uma reacção negativa mas que serve de correcção ao facto de, na sexta-feira, ter somado mais de 6% depois de anunciado o plano de compra de activos pelo Banco Central Europeu.

 

O índice grego cai devido à evolução da cotação dos bancos. O sector financeiro é o que está mais exposto a dúvidas quanto à ligação de Atenas com a Zona Euro, já que o Syriza quer dizer não às políticas impostas por Bruxelas. As incertezas trazidas pela chegada ao poder de uma força que nunca foi Governo e que se opõe ao ambiente de austeridade generalizado na Zona Euro estão a justificar a evolução negativa do sector. O Piraeus cai perto de 10%, o Eurobank cede 6% e o Alpha Bank e o Banco Nacional da Grécia recuam mais de 5%.

 

Ainda assim, a bolsa grega atenuou as perdas durante a manhã, período em que se foi sabendo que o Syriza já tem acordo para formar um Governo, já que os Gregos Independentes, do lado direito do espectro político, disseram sim a uma coligação.

 

Esta notícia não trouxe alívio para o mercado de dívida, que continua a verificar uma forte queda do valor das obrigações, reflectindo-se numa intensa subida das rendibilidades pedidas pelos investidores.

 

As taxas de juro associadas à dívida sobem em todos os prazos. Na maturidade a dez anos, a taxa sobe 51 pontos base (0,51 pontos percentuais) para os 8,9%.

 

O avanço das taxas de juro associadas à dívida acontece quando os investidores têm mais dúvidas quanto à capacidade de aquela dívida ser paga. Esta é uma reacção dos investidores tendo em conta que o Syriza refere que é necessário renegociar com os credores os termos de pagamento da sua dívida. 

 

A vitória da força liderada por Alexis Tsipras foi superior à antecipada e ficou muito próxima da maioria absoluta (149 dos 151 assentos necessários) – o líder já anunciou que não vai entrar em ruptura com os credores da Grécia mas também lembrou que a Grécia votou contra mais medidas de austeridade.

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