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Bolsa chinesa cai mais de 12% em Agosto e índice já cai desde o início do ano

O principal índice bolsista da China caiu mais de 12% em Agosto, registando assim a maior queda acumulada em dois meses de 2008. A bolsa recua assim para um nível negativo, face ao início do ano, seguindo a perder menos de 1%.

31 de Agosto de 2015 às 09:02
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O índice Shanghai Composite recuou esta segunda-feira, 31 de Agosto, 0,82% para 3.205,986 pontos, elevando para 12,49% a queda mensal. Agosto é assim o terceiro mês consecutivo de quedas e segue-se a um Julho em que a descida do principal índice de Xangai foi superior a 14%.

 

Esta é assim a maior queda acumulada em dois meses desde 2008, de acordo com a Bloomberg.

 

A queda desta última sessão do mês colocou o índice com uma descida de 0,89% desde o início do ano. Ou seja, apesar das quedas elevadas a que se assistiu nos últimos tempos, só agora é que a principal praça chinesa entrou em terreno negativo quando analisados os dados desde o início do ano.

 

Recorde-se que a bolsa chinesa estava a negociar em máximos de 2008 antes de começar a desvalorizar, devido aos receios em torno da economia, depois de terem sido divulgados indicadores económicos que apontam para um abrandamento do crescimento económico.

A crise chinesa ditou uma onda de resgates histórica nos fundos de acções mundiais, numa semana frenética nas bolsas. Apenas num dia os investidores tiraram 19 mil milhões de dólares destes produtos.

 

A queda nesta última sessão de Agosto surge depois de no fim-de-semana terem sido detidos responsáveis de corretagem na China, por suspeitas de uso de informação privilegiada.

A China estará a tentar encontrar culpados para a crise bolsista e a tentar a implementar medidas que estabilizem o mercado de acções antes da parada militar de 3 de Setembro, que comemora o 70º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial. A intervenção no mercado é a mais recente medida do Governo de Xi Jinping para garantir que nada afasta as atenções da parada, um evento que o líder chinês vai usar para demonstrar o crescente poder militar e político do seu país.

 

E a China arrastou o resto das praças bolsistas no mundo. Na Europa, as quedas devem superar os 8%, registando assim a maior descida desde 2011, altura marcada por uma crise de dívida na Europa. Já o principal índice bolsista português está a acumular uma descida superior a 8%, o que corresponde ao pior mês desde Outubro do ano passado, mês marcado por uma elevada incerteza em torno do futuro da então Portugal Telecom, que afundou nesse mês mais de 21%. Recorde-se que foi em Outubro que Zeinal Bava saiu da Oi.

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