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Bezos não se preocupa com as acções. Mas as da Amazon duplicaram este ano
Ficou famosa a entrevista em que o fundador da Amazon defendeu que os investidores não devem ficar obcecados com o desempenho das acções no curto prazo. Agora, 15 anos depois, os títulos da tecnológica estão em máximos históricos.
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Em 2000, ano em que rebentou a "bolha" das tecnológicas, Jeff Bezos, fundador da Amazon, disse numa entrevista que "cada minuto gasto a pensar na cotação de curto prazo de uma acção é um minuto perdido", lembra o Financial Times. Mas, se na altura a sua empresa acumulava perdas, este ano mais do que duplicou de valor. E conseguiu outro feito: chegou a máximos históricos.
Quando Bezos foi entrevistado, há 15 anos, a retalhista online tinha apenas cinco anos, estava cotada há três e tinha perdido um quinto do seu valor nessa sessão, acrescenta o jornal britânico. A Amazon enfrentava, no mercado accionista, um período desafiante e chegaram a negociar nos 5,51 dólares em Outubro de 2000.
Mas, ao contrário do que aconteceu com outras tecnológicas que acabaram por não resistir, a Amazon sobreviveu e consolidou a sua actividade. Na bolsa, isso reflectiu-se em ganhos expressivos, nomeadamente nos últimos anos.
2015 ficará marcado pelo regresso do Nasdaq a máximos históricos. Mas o índice tecnológico de referência não esteve sozinho. A Amazon chegou aos 696,44 dólares, esta terça-feira, 29 de Dezembro, o valor mais elevado de sempre. E acumula uma valorização de 122%, desde o início do ano. Tem uma capitalização bolsista de 323 mil milhões de dólares.
Uma valorização acentuada que dá motivos para celebrar aos accionistas. Mas a um em especial. Precisamente Jeff Bezos. O fundador da Amazon foi, entre os 400 milionários que compõem o índice da Bloomberg, aquele que mais lucrou: viu a sua fortuna aumentar em 30,7 mil milhões de dólares, este ano.
O seu património mais do que duplicou para 59,3 mil milhões de dólares e subiu 16 posições para fechar o ano com a quarta maior fortuna, a nível mundial. Isto num ano em que grande parte dos investidores milionários perdeu dinheiro. No acumulado, os maiores patrimónios "encolheram" em 19 mil milhões de dólares.