As acções do Banco Espírito Santo (BES) estão a aprofundar a queda registada no início da sessão. Os títulos do banco recuam 9,02% para 65,6 cêntimos, tendo já esta manhã desvalorizado 9,71% para 65,1 cêntimos, o valor mais baixo desde Agosto do ano passado.

Esta é a terceira sessão consecutiva de perdas para a instituição liderada por Ricardo Salgado. Na última sexta-feira, as acções do banco fecharam a cair 11,43% para 0,721 euros. A instituição marca agora uma capitalização bolsista de 3,678 mil milhões de euros, com uma queda de 30,35% desde o início do ano.

O Grupo Espírito Santo (GES) está sob pressão para encontrar financiador para os 900 milhões de euros de papel comercial subscrito pela Portugal Telecom e que a operadora de telecomunicações define como sendo um investimento de curto prazo. Esta aplicação vence em Julho, data em que o braço não financeiro do GES terá de renovar esta emissão de curto prazo, tendo de encontrar outros investidores ou reembolsando-a, o que implicará dispor de fundos próprios.

No Sábado, o semanário "Expresso" avançou que o "plano derradeiro para evitar a insolvência do Grupo Espírito Santo" pode passar pela conversão dos credores da Espírito Santo International em accionistas da Rio Forte.

O mesmo jornal adianta que Amílcar Morais Pires, indicado por Ricardo Salgado para o suceder à frente do banco, poderá ter estado envolvido em pagamentos com "offshores". O responsável garante que está a ser vítima de uma campanha de difamação.

Já os títulos da "holding" que detém 25% do banco, a Espírito Santo Financial Group, caem 9,25% para 1,57 euros. Esta manhã, a cotada já recuou 10,40% para 1,55 euros, o valor mais baixo de sempre. Tendo com conta esta cotação, a capitalização bolsista do ESFG situa-se em pouco mais de 325 milhões de euros, 67,68% abaixo do registado no início do ano.

Na semana passada os títulos da "holding" que controla 25% do capital do BES perderam um terço do valor (33,38%), perante notícias que dão conta das dificuldades da cotada.