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Governo: BES não é causa "para preocupações com estabilidade financeira"

A ministra das Finanças garante que está a acompanhar os problemas no banco e que os contribuintes podem ficar descansados: não há sinais de que venha a ser necessário dinheiro público. O banco, aliás, conseguiu emitir capital este mês.

27 de Junho de 2014 às 18:55
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O Governo diz que os problemas no Grupo Espírito Santo não provocam alarme em termos de riscos para a estabilidade do sistema financeiro nacional. A ministra das Finanças diz que o Executivo não se deve meter em decisões de um grupo privado, e que a supervisão dos bancos cabe em primeiro lugar ao Banco de Portugal, mas diz que está a acompanhar a situação no "há largos meses".

 

"A estabilidade financeira é acompanhada" pelo Governo, num contexto de respeito pelas funções e responsabilidade do Banco de Portugal enquanto supervisor, e é a partir desse acompanhamento que a ministra das Finanças garante "não temos razões para achar que haja potenciais problemas de estabilidade" financeira resultantes da situação no BES.

 

"Gostaria que ficasse bem claro: a matéria é uma preocupação do Governo e do ministro das Finanças", mas acrescentou que "o banco fez há bem poucos dias um aumento de capital bem sucedido", reforçando que da informação que tem disponível, não há sinais alarmantes quanto à situação no BES.

 

Relativamente ao que se passa no GES (o grupo que é accionista do banco), a ministra defende que "o que se passa no grupo não é matéria relativamente à qual o governo deve interferir". "A esfera privava é uma esfera em que o Governo não pode, nem deve interferir".

 

Maria Luís Albuquerque falou no Parlamento, no âmbito de uma visita regular à Comissão de Orçamento e Finanças e Administração Pública, e respondia a questões dos deputados Pedro Filipe Soares, do Bloco de Esquerda, e Paulo Sá, do PCP.

 

"O que nós conhecemos é o que é público, e mais se assemelha com um filme de gangsters da finança", atirou o deputado bloquista, referindo que o " BES é muito maior do que o BPN" e questionando se banco "pode ser um problema sistémico do sistema financeiro nacional?".

 

Paulo Sá, por seu lado, questionou a responsável pelas Finanças sobre qual a posição do Executivo relativamente a um "eventual envolvimento de administradores do BES" em casos de  "gestão irregular" e se "considera que esses administradores podem continuar a exercer funções no sistema financeiro". O deputado perguntou ainda se o Governo está a precaver o risco de despedimentos no BES.

 

Maria Luís Albuquerque reforçou que as questões de supervisão e avaliação de idoneidade de administradores cabem ao Banco de Portugal, mas deixou uma mensagem de conforto aos contribuintes: "Temos acompanhado a situação há largos meses para nos asseguramos que não há questões de estabilidade financeira que tenham consequências para as contas públicas", garantiu.

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