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Audições exclusivas sobre o BES chegam hoje ao Parlamento

A ministra Maria Luís Albuquerque é a primeira responsável a prestar esclarecimentos numa audição dedicada à situação do Banco Espírito Santo. Sexta-feira é a vez de Carlos Costa. CMVM é na semana que vem.

Miguel Baltazar
17 de Julho de 2014 às 08:00
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O caso Banco Espírito Santo terá direito, a partir desta quinta-feira 17 de Julho, a audições exclusivas. A comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública vai debruçar-se, por três sessões, sobre a "situação do BES".

 

Maria Luís Albuquerque é a primeira voz a ser ouvida relativamente "às nomeações para o BES", depois de já ter, numa audição parlamentar sobre outro tema, garantido que não espera "potenciais problemas de estabilidade financeira" devido à situação do banco.

 

A audição da ministra das Finanças será pelas 15h30 desta quinta-feira e terá como ponto forte a discussão em torno de Vítor Bento, conselheiro de Estado do Presidente da República, escolhido para presidente executivo do banco. Além dele, João Moreira Rato, ex-presidente do IGCP, agência estatal que gere a dívida pública, foi cooptado para administrador com o pelouro financeiro, e Paulo Mota Pinto como presidente do conselho de administração.

 

Escolhas que foram propostas pela família Espírito Santo e pelo Crédit Agricole, os principais accionistas, e que tiveram o aval do Banco de Portugal, mas que mereceram fortes críticas da oposição. "Trata-se de matéria muito importante, como se pode ver pelo facto de o BES ter ganho 800 milhões de euros com dívida pública em 2012 e ter participado em vários sindicatos bancários para colocação de dívida", disse o líder da bancada bloquista Pedro Filipe Soares quando propôs a ida ao Parlamento da ministra que tem a tutela do IGCP.

 

Sobre o caso BES, que se encontra sob forte turbulência devido à difícil situação financeira do seu principal accionista (Grupo Espírito Santo), o Governo começou por não falar. Depois, optou por garantir que os depositantes da instituição financeira podiam estar descansados, querendo sempre manter a perspectiva de que a estabilidade do sector financeiro está assegurada. 

 

Reguladores ouvidos sexta e na próxima semana

 

O processo em torno do banco será também falado por Carlos Costa, o governador do Banco de Portugal, que irá prestar declarações aos deputados pelas 10h de sexta-feira, 18 de Julho, depois de convocado pelo PCP. Carlos Costa tem desempenhado um papel importante no novo capítulo vivido pelo banco, já que foi por iniciativa da instituição que dirige que Ricardo Salgado deixou mais cedo a liderança do BES. 

 

Na próxima semana, no dia 24, é a vez de Carlos Tavares, presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, dirigir-se aos membros da comissão parlamentar, segundo confirmou fonte oficial do regulador ao Negócios. A CMVM, que regula o mercado de capitais onde o BES tem vivido momentos de tensão (apesar da subida de 20% desta quarta-feira), obrigou o banco a admitir fragilidades quando este publicou o prospecto que serviu de base ao aumento de capital realizado em Junho. 

 

 

 

 

 

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