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Marques Guedes: "Depositantes do BES podem estar perfeitamente tranquilos"

O Governo está "atento" às dificuldades sentidas no Grupo Espírito Santo mas remete todas as questões para o Banco de Portugal, que defende estar a fazer um "bom" trabalho. É a garantia do regulador que o leva a tranquilizar os depositantes do BES.

Miguel Baltazar/Negócios
03 de Julho de 2014 às 13:09
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O Governo está a "seguir com atenção" aquilo que está a ser feito para resolver os problemas do Grupo Espírito Santo, principal accionista do Banco Espírito Santo. Contudo, o ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, afirma que o Governo não se quer envolver nessa questão porque tudo é da responsabilidade do regulador Banco de Portugal.

 

"O Banco de Portugal afiança que não existem quaisquer problemas de solidez da parte do banco. Os depositantes do banco podem estar perfeitamente tranquilos", declarou Marques Guedes em respostas aos jornalistas na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do conselho de ministros desta quinta-feira, 3 de Julho.

 

Uma declaração que é feita depois de a entidade reguladora liderada por Carlos Costa ter respondido, por e-mail, a questões dos jornalistas e assegurar que "a situação de solvabilidade do BES é sólida".

 

"O BES está adequadamente isolado pelo Banco de Portugal relativamente a outros problemas financeiros que existem dentro do grupo", afirmou Marques Guedes na conferência, dizendo que não se pode "tomar a árvore pela floresta". O BES é uma das participações que o Grupo Espírito Santo, como o são outras empresas da área não financeira (saúde, turismo), algumas das quais, sim, enfrentam dificuldades, esclareceu.

 

Na semana passada, isso tinha sido já dito pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, quando assegurou que a estabilidade do sector financeiro português não está posta em causa, porque o BES não é o GES. O grupo detém, através de um conjunto de sociedades que desagua no Espírito Santo Financial Group, uma posição de 25,1% no banco.

 

Para o Governo, o que é importante é que as questões de instabilidade no grupo que podem afectar a reputação da instituição financeira estão a ser respondidas pelo regulador, porque é isso que "poderá dar segurança e tranquilidade, em particular aos depositantes, de que não vão ser afectados, minimamente, no seu relacionamento com o banco". Por várias vezes, Marques Guedes disse que o Banco de Portugal está a seguir "bem" o caso.

 

Governo acompanha "com atenção" caso GES/BES

 

Mais uma vez, e como já referiu na semana passada também numa conferência após o conselho de ministros, o Executivo quer garantir que não tem qualquer influência neste processo. "Não existe nenhuma intervenção directa do Governo nesta matéria, nem tinha de existir e nem deve existir".

 

Contudo, esta semana, Marques Guedes admitiu que o Executivo está atento. "As pessoas que estão no Governo são suficientemente responsáveis para, tendo conhecimento da situação de dificuldade que atravessa um grande grupo português, estarem atentos e seguirem com atenção aquilo que está a ser feito para resolver os problemas".

 

"É evidente: responsavelmente, todos nós seguimos atentamente. Temos é a tranquilidade de saber que as entidades que estão responsáveis há muito que vêm acompanhando esta situação e estão a tomar as medidas adequadas e que consideram necessárias", acrescentou ainda o governante.

 

(Notícia actualizada com mais declarações pelas 13h45)

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