Se no começo da sessão as acções do BES estiveram a negociar em terreno positivo, rapidamente a tendência de desvalorização tomou conta da performance bolsista do banco agora liderado por Vítor Bento. Depois de terem chegado a subir 2,86% para negociar nos 43,2 cêntimos, as acções do BES chegaram a cair 7,86% para 38,7 cêntimos, acabando por fechar o dia a descer 3,10% para 40,7 cêntimos.

Ao longo da manhã as fortes quedas aproximaram o valor das acções do BES do mínimo histórico registado na passada terça-feira quando negociaram nos 35,5 cêntimos.

Mesmo depois da antecipação da cooptação da nova equipa directiva do BES, que inclui nomes como o de Vítor Bento ou João Moreira Rato, e dos esclarecimentos deixados pelo presidente do Banco de Portugal, Carlos Costa, na semana passada no Parlamento, a incerteza continua a pairar sobre o BES.

Permanecem dúvidas face ao impacto das imparidade do Grupo Espírito Santo no BES que continuam, assim, a condicionar negativamente o valor e o desempenho bolsista do banco que até há pouco tempo ainda era controlado pela família Espírito Santo.

Mesmo tendo em conta a tendência predominante de desvalorização, é a volatilidade a expressão que, ao longo das últimas semanas, melhor tem marcado o comportamento dos títulos accionistas do BES. O receio e desconfiança dos investidores têm levado a uma negociação diária das acções do banco acima da média diária dos últimos seis meses.

Esta segunda-feira trocaram de mãos mais de 62 milhões de títulos do BES, o que compara com uma média diária, no último meio ano, de cerca de 32 milhões.

Esta volatilidade e desconfiança por parte dos investidores tem contribuído para que o BES já tenha perdido mais de 56% do seu valor bolsista desde o início de 2014.