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BCP fecha a subir mais de 3,5% após passo atrás da Polónia

A perspectiva de que o projecto de lei relativo à conversão dos empréstimos à habitação indexados ao franco suíço para a moeda polaca poderá voltar à forma inicial levou as acções do banco a subirem quase 10%. No fecho a subida foi de 3,6%, com um volume acima da média.

26 de Agosto de 2015 às 16:47
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A Polónia afundou as acções do BCP, mas esta quarta-feira puxou pelos títulos. O BCP fechou a subir 3,66% para 6,23 cêntimos, tendo chegado a disparar 9,60%, depois de a vice-ministra das Finanças ter revelado que o projecto de lei relativo à conversão dos empréstimos à habitação indexados ao franco suíço para zlotys pode voltar à forma inicial. Ou seja, os custos a suportar pelo Bank Millennium, controlado pelo BCP, podem ser bem menores.

Além de uma subida acentuada, a sessão foi marcada por um volume elevado, tendo trocado de mãos 391,86 milhões de acções do banco, quando a média diária dos últimos seis meses é de 243,1 milhões.


Os títulos do BCP que chegaram a cair um máximo de 2,37% durante a sessão, acompanhando a tendência negativa da bolsa nacional, atenuaram as perdas com a recuperação dos mercados accionistas. Contudo, dispararam após as declarações de Izabela Leszczyna, a vice-ministra polaca das Finanças.


O Governo da Polónia admitiu recuar relativamente ao projecto de lei referente à conversão dos empréstimos à habitação indexados ao franco suíço para a moeda polaca (zlotys). Este projecto, aprovado pela Câmara Baixa do Parlamento, prevê que em vez de haver uma partilha igualitária de custos com o processo entre bancos e famílias, os bancos suportem 90% dos encargos. Falta o "ok" da Câmara Baixa e do presidente da Polónia.

 

Este passo atrás pode, a confirmar-se, poupar vários milhões de euros ao BCP, que detém 50,1% do capital do Bank Millennium. A conversão de créditos polacos poderia custar 300 milhões ao BCP com esta nova legislação. O banco liderado por Nuno Amado tinha recusado comentar essa possibilidade, mas em antecipação ameaçou avançar com um processo judicial.


Numa carta enviada pelo BCP
, em conjunto com outras instituições, ao Senado da Polónia, o banco português fez saber que o projecto de lei actualmente em discussão poderá ser ilegal, na medida em que poderá violar os acordos sobre o sistema de protecção internacional do investimento.


Na missiva endereçada ao Senado polaco, que já publicou a mesma no seu "site" oficial, os bancos estrangeiros presentes na Polónia revelam estar a avaliar as perdas potenciais caso o projecto de lei for aprovado. Izabela Leszczyna, a vice-ministra polaca, admite que o passo atrás na legislação procura evitar eventuais processos judiciais accionados pelas sedes dos bancos que operam no país.

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