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BCP renova máximos e impulsiona bolsa nacional

A bolsa de Lisboa terminou a sessão em alta, depois de ter negociado no valor mais elevado desde Julho de 2015. Entre as restantes praças europeias, o dia foi sobretudo de ganhos.

Pedro Catarino/CM
23 de Janeiro de 2018 às 16:47
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Pela quinta sessão consecutiva, o PSI-20 fechou em alta numa Europa sobretudo de ganhos. O principal índice da praça lisboeta subiu 0,82% para 5.791,88 pontos, depois de ter negociado no valor mais elevado desde Julho de 2015. 12 empresas terminaram o dia em queda e seis em alta.

O dia está ser marcado pelo pontapé de saída no Fórum Económico Mundial, que se realiza em Davos (Suíça), e pela notícia que os Estados Unidos vão impor tarifas às importações de máquinas de lavar e painéis solares.

Ontem, Wall Street encerrou em máximos históricos depois do acordo no Senado nos Estados Unidos para acabar com a paralisação parcial do governo federal. Esta terça-feira, na Ásia o MSCI Asia Pacific negociou no valor mais elevado de sempre e na Europa o Stoxx 600, índice de referência, chegou a tocar em máximos de Agosto de 2015.

As praças norte-americanas arrancaram a sessão de hoje sem uma tendência definida. Contudo, por esta altura, os índices seguem do lado dos ganhos, o que pode indiciar que os receios dos investidores em torno das eventuais consequências da imposição de tarifas por parte dos EUA  – e que estavam a marcar o arranque da sessão - podem estar a desvanecer-se.

Em Lisboa destaque para a forte valorização do BCP e para os títulos da Nos. As acções do banco liderado por Nuno Amado subiram 4,38% para 33,38 cêntimos, o que corresponde ao valor mais elevado desde Junho de 2016.

Os títulos do BCP podem estar a beneficiar de uma nota de análise positiva por parte do JPMorgan. O banco de investimento elegeu o banco português como um dos títulos favoritos. E elevou a avaliação do BCP de 0,30 euros para 0,35 euros.

Numa nota a que o Negócios teve acesso, o JPMorgan revelava ter uma "visão positiva" sobre o BCP o que reflecte, por um lado, o momento económico positivo do país e os preços do imobiliário, que fazem com que os riscos diminuam. 

A beneficiar a negociação bolsista do BCP está também a expectativa em torno da política monetária na Zona Euro. O JPMorgan diz que um "aumento das taxas juros de 100 pontos base implicam um potencial de subida dos lucros entre 20 a 30%".

A Nos subiu 0,82% para 5,55 euros.

Numa altura em que a moeda única da Zona Euro sobe 0,15% para 1,2281dólares (um euro alto face dólar torna as empresas exportadoras, nomeadamente as papeleiras, menos competitivas), a Semapa avançou 0,75% para 18,86 euros e a Navigator desceu 0,34% para 4,64 euros, depois de ter atingido um máximo de Abril de 2015. A Altri cedeu 0,19% para 5,14 euros.

No retalho, a Sonae terminou o dia a descer 0,82% para 1,213 euros, depois de ter tocado no valor mais elevado desde Agosto de 2015 ao negociar nos 1,236 euros. A concorrente Jerónimo Martins cedeu 0,03% para 17,50 euros.

No sector energético, a EDP deslizou 0,03% para 2,889 euros e a EDP Renováveis perdeu 0,07% para 7,105 euros. A REN caiu 0,16% para 2,558 euros. A Galp Energia ganhou 0,09% para 16,395 euros, numa altura em que os preços do petróleo estão em alta nos mercados internacionais. O Brent do Mar do Norte, referência para as importações nacionais, cresce 1,48% para 70,05 dólares por barril.

 

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