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Banif tomba mais 20% e fixa novo mínimo histórico
O banco negoceia em mínimos históricos pela segunda sessão consecutiva, com os investidores preocupados com a capacidade da instituição reembolsar o Estado.
As acções do Banif estão em queda livre na bolsa. Depois de na última sessão terem chegado a cair mais de 17%, esta quarta-feira, 9 de Dezembro, já chegaram a tombar 20%, fixando um novo mínimo histórico. Tocaram nos inéditos 0,13 cêntimos, com os investidores preocupados em relação ao futuro do banco.
O Banif está a negociar em mínimos históricos pelo segundo dia consecutivo. As acções do banco seguem a desvalorizar 13,85% para 0,14 cêntimos, mas já estiveram a afundar 20%, para 0,13 cêntimos, um novo mínimo. Desde o início do ano, o banco já tomba 75,38%.
Tal como já tinha acontecido na última sessão, o volume negociado é bastante elevado. Em menos de duas horas e meia de negociação trocaram de mãos mais de 186 milhões de títulos do banco liderado por Jorge Tomé.
A instituição tem vindo a ser penalizada pelos receios em relação à sua capacidade para reembolsar a ajuda estatal que recebeu, depois da própria Comissão Europeia ter adiantado que tem as "maiores dúvidas" sobre a capacidade do Banif de assegurar "o reembolso do auxílio estatal, tal como apresentado no plano de reestruturação (…), em virtude dos repetidos atrasos na recompra dos ‘CoCos’".
Precisamente para ajudar a lidar com estes problemas, o Banif terá contratado a "boutique" financeira espanhola N+1 para ajudar a definir o futuro do banco, noticia o Diário Económico, que revela ainda que a contratação teve lugar recentemente e insere-se nos esforços do banco para encontrar uma solução privada, que assegure o reembolso dos 825 milhões de euros em dívida ao Estado.
Ainda no início desta semana, o presidente do Conselho de Administração do banco defendeu que "proteger o Banif é proteger o dinheiro dos contribuintes que nele foi aplicado". Luís Amado recorda que o Estado é o maior accionista do Banif, após a capitalização decidida pelo Banco de Portugal e pelo Governo em 2012.