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Banif perde mais de 11% em sessão de mínimo histórico

As acções do Banif fecharam em baixa pela quarta sessão consecutiva. Esta terça-feira chegaram a afundar mais de 17% para um novo mínimo histórico.

08 de Dezembro de 2015 às 16:54
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As acções do Banif encerraram a ceder terreno na bolsa de Lisboa. Após iniciarem o dia a ganhar 4,83%, os títulos inverteram para terreno negativo e chegaram a estar a perder 17,24% e a negociar num novo mínimo histórico: 0,0015 euros. 


O banco conseguiu recuperar parte da perdas, mas, ainda assim, fechou a cair 11,11% para se fixar nos 0,0016 euros. Desde o início do ano, acumula uma desvalorização de 71,87%.

A 2 de Dezembro, o Negócios noticiou que o Banif mantém contactos com diversos potenciais interessados na compra da posição do Estado como forma de superar a investigação aprofundada que Bruxelas tem em curso à instituição.

A equipa de gestão liderada por Jorge Tomé aposta em encontrar um novo accionista privado para evitar que a Comissão Europeia venha a considerar incompatível a ajuda pública ao banco o que, no limite, poderia levar à aplicação de uma medida de resolução na  instituição.

O cenário de o Banif poder ter de adoptar um plano de resolução é admitido no documento sobre as contas da instituição relativas a 30 de Setembro, que foi publicado a 30 de Novembro na CMVM.

O relatório alerta que "uma eventual conclusão pela incompatibilidade da injecção de capital recebida do Estado pelo Banif com o regime de auxílios estatais europeu, determinaria uma injunção ao Estado para tomar todas as medidas necessárias para recuperar o investimento público realizado no Banif". E admite que esta actuação teria "consequências para o Banif ao nível do (in)cumprimento das exigências regulatórias de capital, o que poderia resultar, nomeadamente, na necessidade de adopção de um plano de resolução".

O presidente do Conselho de Administração do Banif defendeu – em entrevista conjunta ao Diário Económico e Antena 1, divulgada ontem, 7 de Dezembro – que "proteger o Banif é proteger o dinheiro dos contribuintes que nele foi aplicado".


Luís Amado recordou que o Estado é o maior accionista do Banif, após a capitalização decidida pelo Banco de Portugal e Governo em 2012, e disse que considera "inevitável" uma "consolidação" da banca à escala europeia e nacional. Daí que não exclua um cenário de fusões.


No total, o Banif recebeu 1.100 milhões de euros do Estado – 700 milhões de euros através de um aumento de capital e 400 milhões através de "CoCos", tendo já reembolsado 275 milhões destes instrumentos. 

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