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Banca sofre maior queda desde 2011 e arrasta bolsas europeias
As preocupações em torno do sector financeiro regressaram em força, esta quinta-feira, após o Société Générale ter mostrado resultados abaixo do esperado. O índice do sector sofre a maior queda desde Novembro de 2011.
Foi alívio de pouca duração. As bolsas europeias voltam a afundar no início da sessão desta quinta-feira, após a recuperação conseguida na quarta-feira. O índice europeu Stoxx 600 perde 3,84%, com o sector da banca a ter o pior comportamento. Tomba 6,18%, a maior queda diária desde Novembro de 2011.
"A recuperação foi de curta duração e as condições financeiras são substancialmente menos favoráveis do que há uns meses, quando o Banco Central Europeu (BCE) fez o último alívio de política monetária", consideraram os analistas do RBC Capital Markets, numa nota de investimento.
A banca volta a concentrar os receios dos investidores. Se no início da semana as preocupações se centraram sobretudo no Deutsche Bank, esta quinta-feira é a vez do Société Générale ser um dos mais penalizados. As acções do banco francês perdem 12,86%, após os resultados terem desapontado os analistas. Mas o banco alemão também não escapa ao regresso do cepticismo. Perde 7,20%, apagando grande parte da recuperação de quarta-feira. Outro dos gigantes da banca europeia e que também tem estado sob pressão, o Credit Suisse, cede 7,81%.
Entre os mais penalizados estão ainda bancos gregos e italianos. Os helénicos Eurobank Ergasias e Alpha Bank derrocam 13,73% e 7,76%, respectivamente. Já os italianos UBI Banca, Mediobanca e Banco Popolare sofrem perdas entre 7,15% e 11,6%. Os sectores bancários dos dois países têm estado sob pressão para se reestruturarem e lidarem com os níveis elevados de malparado.
No PSI-20, os títulos da banca também são os mais penalizados. O BCP e o BPI perdem mais de 4%. O índice nacional cede mais de 3%.