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Banca europeia recupera e impulsiona bolsas

A banca europeia está a recuperar depois de ter registado quedas acentuadas nos últimos dias. O sector soma 1,51% sendo o que mais sobe na Europa, impulsionando os principais índices bolsistas.

Bloomberg
12 de Fevereiro de 2016 às 09:43
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A banca europeia está esta sexta-feira a respirar de alívio depois das quedas recentes. O sector avança 1,51% e é o que mais cresce na Europa estando mesmo a impulsionar os principais índices bolsistas. O Stoxx 600, índice de referência e onde estão presentes as 600 empresas mais importantes do Velho Continente, valoriza 1,21%. Na sessão desta quinta-feira, a banca sofreu a maior queda desde 2011.

Esta sexta-feira, 12 de Fevereiro, em destaque no sector financeiro está o Commerzbank. O banco alemão revelou esta manhã que teve lucros de mil milhões de euros em 2015, depois de no ano anterior ter registado lucros de 266 milhões de euros. E anunciou a distribuição de dividendos, pela primeira vez desde 2007. Também no quarto trimestre os resultados foram acima das estimativas. A instituição lucrou 187 milhões de euros, depois de em 2014 ter registado prejuízos de 280 milhões, devido ao pagamento de 1,4 mil milhões de dólares nos Estados Unidos, por acordo com as autoridades norte-americanas, para pôr fim às investigações que verificaram a violação de medidas sobre lavagem de dinheiro. O valor apurado para os últimos três meses de 2015 superaram as estimativas que, pelos analistas contactados pela Bloomberg, apontavam para um lucro médio de 156,1 milhões de euros.

As acções do Commerzbank estão a reflectir esta notícia. Os títulos sobem 8,65% para 7,061 euros, depois de terem chegado já a valorizar 12,89%. Ainda na banca alemã, o Deutsche Bank avança 2,74% para 14,06 euros, tendo já subido um máximo de 5,66% na sessão. No passado dia 10 de Fevereiro, a instituição financeira admitiu a possibilidade de recomprar dívida para aliviar pressão. Nesse dia, as acções encerraram a subir 10,20%, tendo travado ganhos na sessão de ontem, dia em que encerrou a cair 6,14%.

O Société Générale, que ontem revelou que obteve lucros de 656 milhões de euros no quarto trimestre do ano passado – um valor aquém do estimado pelos analistas –, soma 1,22% para 27,80 euros. Os resultados do banco penalizaram o desempenho bolsista da instituição francesa que encerrou a sessão desta quinta-feira a desvalorizar 12,57%.

Na banca inglesa, o Barclays cresce 4,02% para 153,80 pence e o Lloyds – liderado por Horta Osório – soma 1,71% para 56,96 pence.

Em Espanha, o Santander soma 1,33% para 3,354 euros. Já o Banco Popular Espanhol contraria esta tendência positiva e cede 0,39% para 2,052 euros.

No caso da banca nacional, o BCP soma 0,60% para 3,37 cêntimos e o BPI valoriza 2,57% para 95,9 cêntimos. Ontem, a agência de notação financeira Standard and Poor’s manteve o "rating" do BPI em ‘BB-‘ (terceiro nível de lixo), mas reviu o "outlook", ou seja a perspectiva de evolução – que passou de "negative" para "watch negative". Quer isto dizer que, no período de três meses, a agência poderá decidir-se por um corte na classificação do banco liderado por Fernando Ulrich.

O Negócios na edição desta sexta-feira noticia que a pressão sobre a banca europeia e risco de Portugal fizeram disparar o custo para proteger posições em dívida de bancos nacionais.

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