É possível participar no aumento de capital da Sonae Indústria até às 15h00 desta segunda-feira, 24 de Novembro. Depois, resta esperar até quarta-feira para se apurarem os resultados da operação.

A Sonae Indústria espera arrecadar 150 milhões de euros com a emissão de 15 mil milhões de novas acções representativas do seu capital, a juntar às 140 milhões existentes. Sabe-se que 7,7 mil milhões das novas acções estão já na posse de Belmiro de Azevedo, através da Efanor, aquela que é já a maior accionista da empresa. O empresário injectou 77 milhões de euros, já que cada uma das novas acções foi adquirida a 1 cêntimo.

O preço de subscrição das novas acções levou a uma forte quebra em bolsa do valor dos títulos que já aí estavam a transaccionar desde o anúncio - antes disso, as acções valiam mais de 30 cêntimos. Os direitos de subscrição das novas acções (que foram entregues aos antigos accionistas) sentiram também uma desvalorização expressiva, saindo de bolsa a negociar no valor mais baixo possível (0,01 cêntimos). Essa queda do preço dos direitos mostrou que os já accionistas optaram por vender aqueles títulos e receber algum dinheiro em vez de investir nas novas acções.

Só a 26 de Novembro se conhecerão os resultados desta operação protagonizada pela empresa de aglomerados de madeira, nomeadamente sabendo quantas novas acções da Sonae Indústria foram subscritas. No máximo, poderão ter sido subscritas as 15 mil milhões de novas acções. Se forem apenas subscritos os 7,7 mil milhões de títulos adquiridos por Belmiro de Azevedo, a Efanor poderá ficar com mais de 90% do capital da Sonae Indústria (antes da operação tinha apenas 51%).

Neste momento, a empresa liderada por Rui Correia segue a perder 4,33% para os 2,65 cêntimos, estando avaliada em 401,2 milhões de euros.