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Após três dias de pausa, Wall Street abre no vermelho. Nasdaq perde mais de 1%

Os principais índices nova iorquinos começaram a negociar esta segunda-feira em baixa, pressionados pela possibilidade de uma nova subida das taxas de juro pela Fed face à robustez do mercado laboral norte-americano.

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Depois de três dias sem negociar, Wall Street abriu esta segunda-feira no vermelho, numa altura em que a sessão está a ser marcada pela possibilidade de a Reserva Federal (Fed) norte-americana manter o ritmo de subida das taxas de juro, face a um mercado laboral ainda robusto nos Estados Unidos.

O S&P 500, índice de referência, perde 0,71% para 4.076,11 pontos, o industrial Dow Jones recua 0,28% para 33.401,36 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite desvaloriza 1,2% para 11.939,15 pontos.

Dados estatísticos divulgados na passada sexta-feira mostram que os empregadores mantiveram uma forte contratação em março, colocando a taxa de desemprego em 3,5% e levando a renovadas preocupações de uma nova subida dos juros diretores pela Fed.

Na semana passada um conjunto de dados referentes aos salários e pedidos de subsídio de desemprego apontavam para uma desaceleração do mercado laboral, mas o relatório de sexta-feira acabou por não confirmar esta expectativa. Como consequência, a possibilidade de um aumento em 25 pontos base em maio aumentou para mais de 65% na passada sexta-feira, segundo a Reuters.

Entre os principais movimentos de mercado está a Tesla a descer 4,5%, após ter anunciado um corte nos preços nos Estados Unidos entre 2% e 6%, uma decisão que os analistas receiam que possa reduzir os lucros. Já o First Republic Bank cai mais de 1%, depois de a instituição ter anunciado no final da semana passada que planeia suspender o pagamento de dividendos trimestrais em ações preferenciais "como uma medida de prudência".

"Os investidores permanecem otimistas que os (aumentos) das taxas de juro vão chegar ao fim, mas os dados de que a Fed está tão dependente parece deixar espaço para, pelo menos, um incremento de 25 pontos base", explicou o analista Rick Meckler, da Cherry Lane Investments à Reuters.

Os investidores "têm de dar um passo atrás e olhar para a 'big picture', até mais do que estas batalhas semanais relacionadas com os dados. Vai demorar mais alguns meses para vermos se a desaceleração económica continua, ou se o consumo aumenta e mais uma vez retira a possibilidade de uma recessão", rematou.

Esta semana o foco vai estar em dados sobre o índice de preços ao consumidor e produtor do outro lado do Atlântico, bem como nas minutas da reunião de março da Fed e resultados trimestrais de grandes bancos, como o JP Morgan, Citigroup e o Wells Fargo.
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