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Acções do BES e do ESFG estão suspensas (act)

As acções do Banco Espírito Santo e do Espírito Santo Financial Group foram suspensas da negociação em bolsa. A administração do banco vai renunciar hoje ao seu mandato e convocar uma assembleia geral para eleger nova gestão.

Bloomberg
20 de Junho de 2014 às 07:39
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As acções do Banco Espírito Santo (BES) estão suspensas de negociação em bolsa. A Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) emitiu um comunicado, esta manhã, onde revela que "o Conselho Diretivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deliberou, nos termos do artigo 214º e da alínea b) do n.º 2 do artigo 213º do Código dos Valores Mobiliários, a suspensão da negociação das acções do Banco Espírito Santo, S.A., e do Espírito Santo Financial Group, S.A., até à divulgação de informação relevante sobre os emitentes".

 

A agência Bloomberg já tinha avançado, antes das 7 horas, que as acções do Banco Espírito Santo estavam suspensas da negociação a pedido dos reguladores. 

 

Ontem, 19 de Junho, o Expresso diário avançou que administração do BES vai renunciar ao mandato. Algo que pode acontecer já esta sexta-feira. Ricardo Salgado deverá abdicar da liderança do banco e já terá "escolhido" o seu sucessor: Morais Pires. O que não consegue o consenso, já que José Maria Ricciardi está contra e deverá avançar com um lista própria. 

 

O Negócios noticia hoje que a demissão de Ricardo Salgado vai levar à saída de quase todos os membros da família Espírito Santo do conselho da instituição, sendo que este processo resulta da intervenção desencadeada há vários meses pelo Banco de Portugal (BdP).
 

Ontem o regulador já tinha determinado que seriam necessários "esclarecimentos do emitente [BES] antes da reabertura do mercado". Como os esclarecimentos não foram prestados, as acções não vão negociar até o BES efectuar um comunicado ao mercado.

 

Está agendada para hoje uma reunião do Conselho de Administração do BES, onde será formalizada a demissão da gestão, através da convocação de uma assembleia geral a decorrer em meadis de Julho, para eleger novo conselho de administração do banco, tal como escreve hoje o Negócios. Até lá as acções deverão continuar suspensas.

 

Analistas antecipam desvalorização das acções

 

Apesar da notícia da demissão de Salgado não ser uma "surpresa", os analistas antecipam que a reacção inicial dos títulos será "negativa".

 

As acções do BES fecharam, esta quinta-feira, com uma desvalorização de 2,67% para os 0,913 euros. Há duas sessões que o banco protagoniza o pior desempenho da bolsa e figura entre as maiores quedas do sector na Europa. Um movimento que deverá manter-se. "O mercado já havia descontado a saída de Ricardo Salgado", considera Steven Santos, gestor da XTB.

"Nunca é uma boa notícia quando falamos de alterações importantes na gestão. Afinal, trata-se de alguém que lidera o banco há muitos anos, ao contrário do que acontece noutros bancos", explica um analista do sector que pediu para não ser identificado. "As acções poderão sofrer pressão vendedora a curto prazo", diz Steven Santos. Ou seja, há margem para que os títulos continuem a desvalorizar. No ano já cai quase 3%.

Contudo, "para os investidores, esta mudança poderá significar uma lufada de ar fresco na gestão do BES", realça Steven Santos. A mudança da administração pode acarretar outras consequências. "A saída da actual equipa da administração e a passagem de Ricardo Salgado para um cargo não-executivo fragiliza a influência da família sobre o banco e poderá torná-lo mais vulnerável", frisa o gestor da XTB. O BES acabou de concluir um aumento de capital em que a família Espírito Santo reduziu a sua posição para 25,1%.

 

(notícia actualizada às 7h45)

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