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Acções da Sonae Indústria ajustam hoje para 1,1 cêntimos

Esta quinta-feira as acções da Sonae Indústria negociaram pela última vez com os direitos de subscrição das novas acções. Os títulos vão ajustar para reflectir este destaque dos direitos, arrancando a sessão desta sexta-feira com um valor teórico de 1,1 cêntimos.

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Na quinta-feira da semana passada as acções da Sonae Indústria fecharam a valer 35,3 cêntimos. Cinco sessões depois, os títulos vão apresentar um valor incomparavelmente menor: 1,1 cêntimos. Uma queda abrupta que se deve ao anúncio do aumento de capital com a emissão de novas acções a um cêntimo cada uma, mas também ao ajuste técnico pelo facto de os títulos terem negociado, esta quinta-feira, pela última vez com direito a participar na subscrição das novas acções.

 

Devido ao desconto dos direitos de subscrição, à cotação de fecho da sessão desta quinta-feira (7,6 cêntimos), corresponde uma cotação teórica das acções de 1,1 cêntimos, que serve de referência para a abertura da sessão desta sexta-feira. A diferença não representa uma perda de valor para os accionistas, pois estes vão receber esta sexta-feira  direitos de subscrição que têm um valor teórico de 6,5 cêntimos.

 

Ou seja, um investidor que esta quinta-feira tivesse 1.000 acções da Sonae Indústria, tinha uma carteira avaliada em 76 euros. Hoje tem 1.000 acções avaliadas em 11 euros, mais mil direitos com um valor teórico de 65 cêntimos. Isto tendo em conta a cotação teórica que resulta da cotação das acções esta quinta-feira. Os detentores de direitos têm duas opções. Ou vendem os direitos em bolsa (o que pode ser feito a partir da próxima terça-feira) ou utilizam estes títulos para participar no aumento de capital. Cada direito permite a subscrição de 107,142857142857 novas acções, ao preço de um cêntimo cada uma, pelo que estes mil direitos possibilitam a compra de 107.142 acções, o que implica um investimento de 1.071,42 euros.

 

Estes são os valores teóricos das acções e dos direitos, mas vai contudo ser a negociação em bolsa que vai ditar a cotação dos títulos. Os direitos só serão transaccionados em bolsa a partir da próxima terça-feira, 11 de Novembro, dia em que também arranca o período de subscrição das novas acções.

 

O aumento de capital, a concretizar para reduzir o endividamento da empresa, será feito com a emissão de 15 mil milhões de novas acções. Se forem todas subscritas, possibilitam à empresa o encaixe de 150 milhões de euros. Até aqui, o capital da cotada é constituído por 140 milhões de títulos, pelo que esta operação irá provocar uma forte diluição aos accionistas que não participarem no aumento de capital.

 

A Efanor, de Belmiro de Azevedo, comprometeu-se a ficar com metade do novo capital a ser emitido. Ou seja, vai manter a sua participação maioritária de 51%, caso todas as novas acções sejam subscritas - vai investir até 75 milhões de euros. Se mais ninguém subscrever os novos títulos, passará a ser imputada ao empresário uma participação superior a 90% - o que não a levará a tirar a empresa de bolsa. 

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