Notícia
Acções da PT oscilam entre ganhos e perdas (act.)
As acções da Portugal Telecom chegaram a subir mais de 4%, o que correspondia à primeira subida em cinco dias, mas já inverteu a tendência e segue em queda.
- 12
- ...
A Portugal Telecom SGPS está a descer 1% para 99,3 cêntimos, depois de ter chegado a subir mais de 4%. Nos quatro dias anteriores, os títulos da PT SGPS desceram 27,53%, atingindo um valor nunca antes visto.
A justificar este comportamento de queda acentuada dos títulos está essencialmente o receio dos investidores de que a PT não consiga recuperar o investimento de cerca de 900 milhões de euros feito em papel comercial da Rioforte, empresa do Grupo Espírito Santo (GES). Este receio aumentou depois do Luxemburgo ter recusado a gestão controlada da Rioforte, determinando assim que a empresa entre em liquidação.
Este investimento tem um peso determinante na PT, já que a participação com que os accionistas da PT vão ficar na Oi depende da recuperação deste investimento. Depois de conhecido este investimento as condições de fusão entre a PT e a Oi foram alteradas, tendo sido acordado que, quando a fusão se concretizar, os accionistas da empresa portuguesa ficam com cerca de 26% da Oi, quando antes o acordo era de cerca de 37%. Ora esta última posição poderá ser alcançada se o investimento que foi feito na Rioforte for recuperado.
A queda acentuada das acções da PT está a ser travada por uma decisão do regulador do mercado de capitais nacional. A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) determinou a proibição de "short selling" com acções da PT, ou seja, os investidores estão proibidos de apostar na queda destes títulos. Uma proibição que vigorou na sessão de terça-feira e que foi prolongada até quinta-feira.
Os analistas contactados pelo Negócios acreditam que as acções da PT ainda têm espaço para caírem mais.
(Notícia actualizada às 10h21 com a queda das acções)