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Acções da PT atingiram novo mínimo histórico com receios de incumprimento da Rioforte

No dia em que vence o empréstimo de 847 milhões de euros da Rioforte, as acções da Portugal Telecom fecharam em queda e atingiram um novo mínimo histórico. Os investidores temem que a empresa do Grupo Espírito Santo entre em incumprimento.

Pedro Elias/Negócios
Negócios 15 de Julho de 2014 às 17:24
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As acções da Portugal Telecom fecharam a cair 2,14% para 1,83 euros, tendo ao longo da sessão fixado um novo mínimo histórico nos 1,778 euros, com os investidores a temerem que a Rioforte não pague hoje à operadora os 847 milhões de euros que a PT aplicou em papel comercial da "holding" do Grupo Espírito Santo.

 

A queda na sessão de hoje, a 11ª no espaço de 13 sessões, atirou o valor de mercado da empresa liderada por Henrique Granadeiro para 1,6 mil milhões de euros. Desde que foi noticiado que a PT tinha investido em papel comercial da Rioforte as acções da PT acumulam uma queda de 36%.

 

As acções da PT registaram uma queda máxima de 4,92% para 1,778 euros minutos depois da Reuters ter noticiado que a Rioforte está a preparar um pedido de protecção de credores para entregar no Tribunal no Luxemburgo.

 

Durante a manhã as acções da PT evoluíram em terreno positivo, invertendo a tendência assim que a Reuters publicou esta notícia. A possibilidade de a Rioforte pedir protecção contra credores não é nova, mas está a penalizar a PT já que termina hoje o prazo para esta "holding" do Grupo Espírito Santo reembolsar a PT dos 845 milhões de euros que a operadora aplicou em papel comercial da Rioforte.

 

O Negócios noticiou ontem que a Rioforte, a Espírito Santo International (ESI) e o Espírito Santo Financial Group preparam-se para pedir a protecção judicial de credores, o que poderá acontecer ainda esta semana. Em causa está o recurso ao mecanismo de "gestão controlada" ("gestion contrôlée"), previsto na legislação luxemburguesa, e que visa permitir a "reorganização" e a "boa realização dos activos" das três "holdings" de controlo do GES sedeadas no Luxemburgo.

 

A notícia de hoje da Reuters, que cita várias fontes não identificadas, não adianta qual o impacto específico deste pedido de protecção contra credores na dívida da "holding" à PT. Uma das fontes refere que a precipitação recente dos acontecimentos afectou drasticamente a confiança e tirou margem de manobra à RioForte para avançar, unicamente por sua conta, com um plano de reestruturação de dívidas e vendas de activos.

 

O Negócios noticia hoje que a solução pode ser o adiamento do reembolso, ou seja, acordar com a Rioforte para que esta possa pagar mais tarde. Um incidente com esta dívida - o mesmo é dizer, o incumprimento por parte da Rioforte - pode causar danos na fusão da PT com a Oi que, na realidade, é quem detém, actualmente, o papel comercial da Rioforte.

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