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Abertura dos mercados: Rússia e Grécia marcam a sessão

Os investidores deverão continuar atentos à evolução da situação na Rússia. Ontem, o rublo registou uma forte desvalorização e, esta manhã, mantém-se em terreno negativo. O controlo de capitais pode ser uma hipótese em cima da mesa.

Bloomberg
17 de Dezembro de 2014 às 08:42
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A Rússia deverá continuar a captar a atenção dos investidores nesta quarta-feira, 17 de Dezembro. Na sessão desta terça-feira, 16 de Dezembro, face ao dólar, o rublo chegou a cair 14,40% para 1,3 cêntimos. E por esta altura segue a subir 1,02% para 1,4 cêntimos da divisa norte-americana depois de já ter recuado, esta manhã, 4,71% para 1,3 cêntimos.

 

Em relação ao euro, a desvalorização é mais acentuada. Ontem, a divisa russa chegou a mergulhar 19,20% para 1 cêntimo. Por esta altura, segue a somar 0,85% para 1,19 cêntimos. Mas, esta manhã, já recuou 6,78% para 1,10 cêntimos de euro.

 

Ainda no mercado cambial, o euro cede terreno face ao dólar, deslizando 0,22% para 1,2483 dólares.

 

Na madrugada desta terça-feira, o banco central russo aumentou a taxa directora de 10,5% para 17%, a subida mais acentuada desde o incumprimento do país em 1998. Ao início da manhã, a moeda russa disparou face às principais divisas mundiais. No entanto, antes das 13h00, hora de Lisboa, a moeda russa, em relação ao dólar, já tinha caído para um novo mínimo histórico. Alguns analistas consultados por órgãos de comunicação internacionais apontavam que uma das hipóteses em cima da mesa das autoridades de Moscovo é o controlo de capitais para evitar assim uma fuga elevada de capitais.

 

Com esta evolução da moeda russa, o presidente Vladimir Putin, que tem beneficiado de taxas de aprovação superiores a 80% desde a anexação da Crimeia, em Março, está a ver a sua popularidade em risco. "Putin aproveitou os preços altos do petróleo nos primeiros anos em que governou", mas "as peças estão a começar a encaixar-se para afectar a sustentabilidade política do seu regime", antevê Nicholas Spiro, director do Spiro Sovereign Strategy, à Reuters.

 

Com a queda acentuada dos preços do petróleo – a Rússia é um dos grandes exportadores de petróleo e de gás natural - e com as sanções impostas à economia russa devido ao conflito com a Ucrânia, a economia do país tem ressentido-se fortemente. O banco central russo actualizou recentemente as estimativas que indicavam que em 2015-2016 a economia russa poderia registar uma evolução de 0%, prevendo agora uma contracção entre 4,5% e 4,8% em 2015 se o preço do petróleo se mantiver na casa dos 60 dólares por barril.

 

O petróleo, está manhã, nos mercados internacionais mantém a tendência de queda. O West Texas Intermediate desce 0,82% para 55,47 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações portuguesas, cede 0,43% para 59,75 dólares por barril. A cotação da matéria-prima está a ser penalizada precisamente pela Rússia. Moscovo reiterou que vai manter a produção de petróleo estável no próximo ano. A Rússia vai produzir, de acordo com o ministro russo da energia citado pela Bloomberg, em torno de 10,6 milhões de barris por dia em 2015.

 

Na Ásia, os principais japoneses encerraram mistos. O Nikkei somou 0,38% e o Topix cedeu 0,10%.

 

Esta quarta-feira a Reserva Federal norte-americana deverá começar a discutir na reunião desta semana até quando vai manter as taxas de juro em níveis baixos. Com os indicadores económicos nos EUA a sustentarem os sinais de uma retoma sustentada no país, os governadores do banco central americano deverão discutir até quando manter o discurso actual. A expectativa é que a instituição liderada por Janet Yellen comece a normalizar gradualmente a sua política monetária e suba juros a partir de meados de 2015.

 

A marcar o dia nos mercados vai estar ainda a primeira volta das eleições presidenciais na Grécia. O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, surpreendeu o mercado na semana passada ao convocar eleições antecipadas. Para ganhar as eleições, Stavros Dimas, o candidato escolhido pelo primeiro-ministro grego, precisa de uma maioria qualificada de dois terços do parlamento grego. Ou seja, 200 dos 300 deputados. Se não for eleito um presidente, novas rondas vão ter lugar no dia 22, e, eventualmente, no dia 27 ou 29.

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