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Abertura dos mercados: Acções chinesas sobem há seis semanas

O Shanghai Composite Index está, pela sexta semana, a subir, impulsionando pela expectativa da introdução de mais estímulos económicos na sequência do abrandamento do crescimento da China.

17 de Abril de 2015 às 08:51
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As acções chinesas estão a subir há seis semanas. O Shanghai Composite Index, que está no verde há seis semanas, somou já esta sexta-feira, 17 de Abril, 2,1% para os 4.218,10 pontos, o valor mais elevado desde Março de 2008, de acordo com a Bloomberg. A impulsionar as acções chinesas está a expectativa de que Pequim posso introduzir mais medidas de estímulo numa altura em que a economia do país dá sinais de abrandamento.

 

Na última quarta-feira, 15 de Abril, foi revelado que a economia chinesa abrandou no primeiro trimestre do ano, com o produto interno bruto da maior economia asiática e segunda do mundo a registar um crescimento de 7%, o mais baixo desde 2009. A penalizar a economia chinesa esteve o crescimento mais fraco do investimento e das vendas a retalho, sendo que a produção industrial em Março cresceu 5,6%, ficando abaixo do esperado pelos economistas.

 

O crescimento de 7% do PIB acabou por ficar em linha com as estimativas dos economistas e bate certo com a meta do Governo chinês, que antecipa um crescimento de 7% para a totalidade do ano. O Governo chinês tem dado sinais que tolera um abrandamento da economia do país, devido aos riscos do crescimento do endividamento. Contudo, o banco central tem adoptado medidas para travar uma travagem mais brusca da economia, ao cortar os juros por duas vezes e reduzir o valor das reservas que os bancos têm que manter.

 

"As expectativas do mercado têm sido que o Governo flexibilize as políticas monetárias num futuro próximo", afirmou à Bloomberg Wu Kan, da Dragon Life Insurance, em Xangai.

 

Este sentimento positivo não se estendeu ao Japão. Os principais índices nipónicos encerraram no vermelho, com o Nikkei a recuar 1,17% e o Topix a descer 0,67%.

 

No mercado das matérias-primas, os preços do petróleo estão a descer. O West Texas Intermediate desce 0,65% para 56,34 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, cede 0,59% para 63,60 dólares por barril. Este comportamento tem lugar numa altura em que há sinais de que o a oferta de crude pode aumentar apesar do abrandamento da produção norte-americana.

 

Esta quinta-feira, 16 de Abril, foi revelado que produção saudita de "ouro negro" aumentou em Março. A Arábia Saudita aumentou a sua produção em 658.800 barris para uma média diária total de 10,294 milhões de barris, o que representa o valor mais elevado em três décadas, de acordo com os dados comunicados por Riade à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), citados pela Bloomberg.

 

No mercado cambial, o euro ganha terreno ao dólar, somando 0,08% para 1,0770 dólares.

 

A marcar o dia nos mercados vai continuar a estar a situação da Grécia. Ontem, o ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, assegurou que Atenas "não joga" com a saída do euro e insistiu na intenção de alcançar um acordo que "não seja imposto" pelos credores internacionais.

 

"Temos de convencer os nossos parceiros, especialmente no norte da Europa, que o nosso Governo não quer voltar ao desperdícios dos últimos anos. E eles têm que persuadir-nos de que não querem impor-nos um programa", afirmou Varoufakis numa conferência realizada em Washington. O ministro grego criticou aqueles que "jogam com a saída do euro da Grécia", algo que considerou como "profundamente antieuropeu".

 

"Procuraremos um compromisso para alcançar um acordo, mas não ficaremos comprometidos com esse acordo", afirmou Varoufakis, que encontra em Washington para participar na reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial.

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