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Abertura de mercados: Itália, Hong Kong e EUA penalizam mercados

As principais praças internacionais deverão continuar a ser influenciadas pela especulação dos investidores em torno de uma eventual subida antecipada das taxas de juro nos EUA. O abrandamento económico da China e os protestos em Hong Kong também vão continuar a marcar as negociações bolsistas, num dia que será marcado pela reacção do mercado à estimativa de contracção anunciada pelo Governo italiano.

Bloomberg
01 de Outubro de 2014 às 08:25
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A sessão desta quarta-feira voltará a ser influenciada, quer pelas tensões geopolíticas, quer também pelos mais recentes dados económicos relativos à China, Estados Unidos e Itália.

 

A economia chinesa voltou a dar sinais de abrandamento, depois de o índice de gestores de compras (PMI, na sigla em inglês) ter caído face à leitura preliminar divulgada na semana passada, a 23 de Setembro.

 

Para combater os sinais de abrandamento económico as autoridades chinesas levantaram pela primeira vez desde a crise financeira internacional, esta terça-feira, as restrições sobre o direito de propriedade. Os interessados em adquirir segunda habitação podem agora beneficiar de taxas de juro e hipotecas mais baixas.

 

Mas Pequim também enfrenta problemas ao nível da integridade territorial e, designadamente, da coesão interna. Seguem os protestos nas ruas do centro de Hong Kong, com largas dezenas de milhar de protestantes que lutam pelo direito a eleger, de forma plenamente democrática, o seu executivo, cujas eleições foram agendadas para 2017.

 

Crescem, portanto, as preocupações de que a China não atinja a meta para o crescimento do PIB em 2014, que foi estabelecida nos 7,5%. As bolsas asiáticas seguem numa sessão de perdas, com o MSCI Ásia Pacífico a cair 0,4%.

 

As bolsas japonesas encerraram em queda, com o Topix a deslizar 0,39% para 1.321,11 pontos e o Nikkei a descer 0,36% para 6.115,71 pontos.

 

Ainda a marcar a sessão continuará o debate especulativo relativo à possibilidade de a Reserva Federal poder antecipar a subida das taxas de juro de referência na decorrência dos dados económicos que indiciam que a maior economia mundial recupera a bom ritmo.

 

Na Europa voltam a adensar-se as expectativas quanto à recuperação da Zona Euro. O Governo italiano reviu em baixa as previsões para o PIB transalpino. O Executivo liderado por Matteo Renzi previra um avanço do PIB de 0,8% em 2014, tendo agora antecipado que a economia italiana deva contrair 0,3%. Itália já se encontra em recessão técnica depois da contracção registada no final do segundo trimestre deste ano.

 

O petróleo segue a recuperar depois das perdas da passada terça-feira, que levaram mesmo o Brent a negociar em mínimos de 2012. Esta manhã, o Brent, negociado em Londres e utilizado como referência para as importações nacionais, segue a somar 0,39% para 95,04 dólares por barril.

 

Já em Nova Iorque o West Texas Intermediate (WTI) avança 0,42% para 91,54 dólares por barril.

 

Ainda nas matérias-primas, a platina para entrega imediata caiu já 1,7% para 1.279,25 dólares a onça, naquele que é o valor mais baixo desde 5 de Outubro de 2009. Também o ouro cai 0,3% para 1.204,75 dólares a onça, depois de esta terça-feira ter registado a maior queda diária desde o dia 2 de Janeiro.

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