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Sul-coreanos piscam o olho a robô da Delta
A nova versão do robô da Delta, que serve cafés e sobremesas, já chamou a atenção de investidores estrangeiros. O objectivo da empresa é ter seis robôs em restaurantes portugueses ainda este ano.
Imagine que está num restaurante e, quando acaba a refeição, a sobremesa e o café são servidos por um robô. Este cenário vai ser real em Portugal até ao final deste ano. A solução foi desenvolvida pela Delta, em parceria com a start-up portuguesa Follow Inspiration, e tem despertado a atenção de vários visitantes do Web Summit, incluindo de investidores estrangeiros.
Há um ano, no mesmo palco, a Delta apresentou a primeira versão do robô. Ao longo do últimos doze meses, a tecnologia foi sendo aperfeiçoada e o robô "deixou de ser um mostruário de café para passar a ser um ponto de serviço de café para a restauração", contou ao Negócios Rui Miguel Nabeiro, administrador do Grupo Delta Cafés.
O novo modelo tem uma zona, na retaguarda do robô, que permite colocar, por exemplo, sobremesas. "Além disso, quisemos ser arrojados e ainda instalámos o novo sistema de extracção de café a que chamamos Rise" que, na prática, serve "o café de forma inversa, a partir do fundo da chávena", detalhou o gestor.
O robô tem chamado a atenção de vários visitantes, até "já aqui tivemos investidores sul-coreanos que queriam comprar as patentes", revelou Rui Miguel Nabeiro.
Questionado sobre o interesse da empresa em vender as cinco patentes incluídas no desenvolvimento do robô, o responsável comentou que "neste ambiente não dá para conversar, mas o nosso negócio é vender café e acreditamos ter aqui uma vantagem competitiva muito forte".
Actualmente, a Delta tem seis robôs totalmente operacionais, que visualmente têm parecenças a uma mesa com rodas. O objectivo é até ao final do ano disponibilizá-los a alguns clientes da restauração. Os locais concretos ainda não estão definidos: "Estamos em conversações com alguns clientes.
Olhando para o futuro, a Delta não exclui desenvolver mais robôs no próximo ano. Mas "neste momento, queremos receber feedback de clientes para ver como as coisas correm para afinarmos o modelo e metê-lo a funcionar", apontou.