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CEO do Blackstone propõe duplicar salário mínimo para combater "insuficiência de rendimentos" nos EUA

Stephen Schwarzman defende um salário mínimo nacional de 15 dólares por hora nos Estados Unidos, mais do dobro do que é praticado atualmente.

Stephen Schwarzan, presidente do Blackstone
Rafaela Burd Relvas rafaelarelvas@negocios.pt 05 de Novembro de 2019 às 16:26
Há uma "insuficiência de rendimentos" nos Estados Unidos e o presidente executivo de um dos maiores fundos de investimento "abutres" do mundo quer resolvê-lo. Stephen Schwarzman defende que o salário mínimo nacional no país deveria praticamente duplicar e defende ainda uma revolução do sistema educativo, que deve começar pelos professores. A isenção fiscal para professores, de forma a atrair mais profissionais para o setor, seria uma das medidas.

O fundador e líder do Blackstone, que gere ativos avaliados em mais de 500 mil milhões de dólares e especializado no investimento em dívida de Estados ou de empresas em risco de falência, falava no palco principal do Web Summit, esta terça-feira, 5 de novembro.

Questionado sobre o estado atual da economia norte-americana, impactada pelas tensões comerciais com a China, "o rei do capital", assim chamado pela organização do Web Summit, Stephen Schwarzman reconheceu a disparidade que existe nos EUA. "O nosso país está a passar por um momento muito difícil, onde temos, pelo menos, 25% das pessoas sem poupanças. Temos aquilo a que chamaria de insuficiência de rendimentos", comentou.

"E temos de abordar esse assunto", acrescentou. "Uma das formas de resolver o problema seria aumentar o salário mínimo nos Estados Unidos para 15 dólares por hora", propôs. Atualmente, o salário mínimo nos Estados Unidos é de 7,25 dólares a nível nacional, um valor que pode variar em cada estado, desde que seja mais alto.

Esta medida, acredita o CEO do Blackstone, "afetaria cerca de 35% da nossa população". Mais importante, defende, "de uma perspetiva política, deveríamos querer que as pessoas queiram trabalhar para obter dinheiro".

A educação é outra das áreas a ser alterada. "Temos de reformar o sistema de educação. Uma das formas é permitir que os professores não paguem impostos, o que faria com que muito mais pessoas quisessem ir para o ensino, para além de mudar o atual estatuto do professor", defendeu.
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