Notícia
Taxas turísticas? Só para quem tem muitos turistas
Vítor Costa, director-geral da Associação Turismo de Lisboa, só recomenda a adopção de taxas turísticas nos municípios com uma "dimensão" e "amadurecimento" adequadas do turismo. Não é o caso do Barreiro, exemplificou.
O lançamento de taxas turísticas deve estar reservado aos municípios onde a actividade ligada ao turismo seja pujante. É essa a opinião do director-geral da Associação Turismo de Lisboa, Vítor Costa, que representa o sector na cidade. "Só faz sentido quando há uma dimensão, um amadurecimento do turismo que permita introduzir essas taxas", defendeu esta terça-feira, na capital, após a apresentação de dois estudos sobre o turismo em Lisboa.
Vítor Costa defendeu que existem "várias áreas na região de Lisboa com grande potencial" turístico, mas onde este sector ainda não está desenvolvido. E isso poderia ser feito com o recurso a taxas turísticas, perguntou o Negócios? Não, respondeu.
"Não me parece que valha a pena um município como o Barreiro lançar uma taxa turística sobre as dormidas, porque não justifica o trabalho que isso dá", exemplificou. Já em Lisboa, "ela justificava-se plenamente". O município lisboeta registou 9,1 milhões de dormidas em 2015.
Vítor Costa aproveitou para mandar uma bicada ao presidente da câmara do Porto. As taxas turísticas devem ser lançadas "para o turismo e para aumentar a sustentabilidade" do sector, e não contra ele. "Nunca defendemos uma taxa contra o turismo, ou para apagar a pegada do turismo", sublinhou. Rui Moreira tem-se mostrado favorável a uma taxa turística que mitigue o impacto do turismo na cidade.
Diversas autarquias têm mostrado querer seguir o exemplo da câmara de Lisboa, que cobra um euro por cada dormida nos estabelecimentos hoteleiros e no alojamento local da cidade. Cascais começou a aplicar a 1 de Fevereiro uma taxa de um euro sobre as dormidas no início deste mês. Vila Real de Santo António começou a fazê-lo logo a 1 de Janeiro, cobrando igualmente um euro por noite, e o autarca de Ponta Delgada também admite lançá-la.
No Porto, Rui Moreira tem-se mostrado favorável à introdução de uma taxa desse género, admitindo que num valor superior ao que é cobrado em Lisboa. O Público escreveu que Rui Moreira sugeriu que ela pudesse chegar a dois euros por noite. O autarca diz que esse deve ser um tema debatido na campanha para as eleições autárquicas e não excluiu adoptar a taxa já em 2018, se vencer as eleições. Mas no Porto, o objectivo do lançamento da taxa é "reduzir a pegada turística". Daí as críticas de Vítor Costa.
Vítor Costa defendeu que existem "várias áreas na região de Lisboa com grande potencial" turístico, mas onde este sector ainda não está desenvolvido. E isso poderia ser feito com o recurso a taxas turísticas, perguntou o Negócios? Não, respondeu.
Vítor Costa aproveitou para mandar uma bicada ao presidente da câmara do Porto. As taxas turísticas devem ser lançadas "para o turismo e para aumentar a sustentabilidade" do sector, e não contra ele. "Nunca defendemos uma taxa contra o turismo, ou para apagar a pegada do turismo", sublinhou. Rui Moreira tem-se mostrado favorável a uma taxa turística que mitigue o impacto do turismo na cidade.
Diversas autarquias têm mostrado querer seguir o exemplo da câmara de Lisboa, que cobra um euro por cada dormida nos estabelecimentos hoteleiros e no alojamento local da cidade. Cascais começou a aplicar a 1 de Fevereiro uma taxa de um euro sobre as dormidas no início deste mês. Vila Real de Santo António começou a fazê-lo logo a 1 de Janeiro, cobrando igualmente um euro por noite, e o autarca de Ponta Delgada também admite lançá-la.
No Porto, Rui Moreira tem-se mostrado favorável à introdução de uma taxa desse género, admitindo que num valor superior ao que é cobrado em Lisboa. O Público escreveu que Rui Moreira sugeriu que ela pudesse chegar a dois euros por noite. O autarca diz que esse deve ser um tema debatido na campanha para as eleições autárquicas e não excluiu adoptar a taxa já em 2018, se vencer as eleições. Mas no Porto, o objectivo do lançamento da taxa é "reduzir a pegada turística". Daí as críticas de Vítor Costa.