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Turismo gerou 6,3 mil milhões de euros em Lisboa em 2015

As actividades ligadas ao turismo geraram um total de 6,3 mil milhões de euros na cidade de Lisboa em 2015. Trata-se de um crescimento substancial face ao que se verificava em 2005, quando este sector gerava 2,5 mil milhões de euros, segundo um estudo divulgado esta terça-feira.

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07 de Fevereiro de 2017 às 13:33
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O turismo cresceu de forma avassaladora na cidade de Lisboa em apenas uma década. Se em 2005 o sector gerava 2,5 mil milhões de euros, em 2015 o impacto do sector já se cifrava em 6,3 mil milhões de euros. Os dados constam de um estudo elaborado pela Deloitte e que foi esta terça-feira, 7 de Fevereiro, apresentado na Associação de Turismo de Lisboa, que também indica que o sector representa 14,3% do produto interno bruto da cidade de Lisboa, bem como 72,5% do valor total das suas exportações.

 

O impacto de 6,3 mil milhões de euros na capital divide-se em 1.997 milhões de euros de impacto directo e 4.270 milhões de euros de impacto indirecto. A maioria da riqueza gerada na cidade de Lisboa (42%) provém do sector de alojamento, restauração e similares. Seguem-se os transportes e armazenagem (17%) e o comércio por grosso e retalho (12%).

 

Nesta última década, o sector da hotelaria passou a gerar o dobro do que gerava. Em 2015, o acréscimo de receitas era de 240 milhões de euros. O sector da restauração passou a encaixar mais 200 milhões de euros, 2,5 vezes o valor que gerava em 2005. O sector de congressos e reuniões encaixou mais 100 milhões de euros (2,5 vezes o valor de 2005), os transportes geraram mais 140 milhões de euros e o sector da animação turística gerou mais 75 milhões de euros (2,8 vezes o valor de 2005). Em compras, os turistas também gastaram mais 140 milhões de euros.

 

Olhando para a região de Lisboa, a riqueza gerada pelo turismo em 2015 foi de 8,4 mil milhões de euros. Um valor que compara com os 3,9 mil milhões de euros gerados em 2005.

 

Preço médio dos quartos de hotel passou para 84 euros

 

Na cidade de Lisboa, o número de estabelecimentos hoteleiros passou de 95 para 187, e o número de quartos passou de 13.250 para 21.299 entre 2005 e 2015. A taxa de ocupação dos quartos passou de 61% para 75,3%, o preço médio por quarto passou de 73,5 euros para 84,2 euros e o RevPAR (a receita por quarto disponível) subiu de 44,8 euros para 63,4 euros. A maioria dos estabelecimentos hoteleiros (66%) e dos quartos (70%) de toda a região de Lisboa estão localizados dentro do município lisboeta.

 

O número de hóspedes na cidade passou de 2,4 milhões em 2005 para 4,9 milhões em 2015. Praticamente um quarto dos hóspedes (1,1 milhões) já escolhe ficar em alojamento local. "Há mais sete mil quartos de hotel na cidade, mais seis mil quartos de alojamento local, realizam-se mais congressos, a cidade cresceu, e a região também cresceu", resumiu Pedro Rosa Santos, analista da Deloitte, responsável pelo estudo.

 

O sector do turismo empregava 80.773 pessoas na cidade de Lisboa em 2015, a maioria dele (56%) nas actividades ligadas à hotelaria e restauração (e 149.914 na região de Lisboa). A quebra do emprego em 2010 foi assinalável: caiu 11,6% face a 2005 na cidade de Lisboa e 4,8% na região de Lisboa. Nos cinco anos seguintes, o emprego cresceria 14,9% na região e 21% na cidade de Lisboa.

 

Lisboa lidera crescimento de dormidas na Europa

 

O estudo também fez uma análise comparativa da evolução das dormidas nas principais cidades europeias. E concluiu que Lisboa registou um crescimento médio anual de 9,1% no número de dormidas, que é "o maior quando comparado com as principais cidades europeias", lê-se no estudo. Só Istambul está perto de Lisboa, com um crescimento anual próximo de 9%. Berlim regista um crescimento a rondar os 8%.

 

Lisboa registou 9,1 milhões de dormidas em 2015, o que compara com 18 milhões em Madrid, 17,7 milhões em Barcelona, 15,9 milhões em Praga, 15,1 milhões em Viena, 12,9 milhões em Amesterdão e 8,2 milhões em Copenhaga, considerados pela Deloitte como destinos concorrentes da capital portuguesa.

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