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Alojamento Local: AHRESP diz que maioria dos imóveis estava desocupada antes de ser convertida

Estudo conclui que 59% das casas que são arrendadas a turistas por períodos de curta duração estavam desocupadas antes de os seus proprietários as dedicarem a esta actividade. Franceses e espanhóis são principais clientes.

Miguel Baltazar/Negócios
03 de Março de 2017 às 13:26
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Antes de serem convertidos em unidades de alojamento local, a maior parte dos imóveis, uma parcela de 59% dos imóveis estava desocupada. Em 19% dos casos passaram de arrendamento para habitação para alojamento local e 13% eram utilizados para habitação própria e foram também convertidos.

 

Esta é uma das conclusões do estudo de caraterização do Alojamento Local (AL) na Área Metropolitana de Lisboa levado a cabo pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), em parceria com o ISCTE, a Sítios e com o apoio do Turismo de Portugal. O estudo foi apresentado esta sexta-feira, 3 de Março e incluiu inquéritos realizados junto de cerca de 6.000 empresários desta atividade. Foram avaliados a oferta de estabelecimentos, o perfil dos empresários e a procura de alojamento local.

 

Relativamente ao perfil dos imóveis, verifica-se que a grande maioria (86%) é composta por apartamentos, seguem-se as moradias (6,5%), os estabelecimentos de hospedagem(5,6%) e os hostels (1,6%).

 

Quanto aos empresários do alojamento local, uma fatia de 72,4% opt por exercer a sua atividade como pessoa coletiva. Têm idades entre 35 e os 54 anos (mais de 50%) e são predominantemente licenciados (68%). Fazem da gestão do alojamento local a sua principal atividade económica e em 20% dos casos têm apenas um imóvel no arrendamento de curta duração.

 

Os empresários, conlcui também o estudo, estão particularmente preocupados com a carga fiscal, que a partir deste ano será mais elevada, na sequência de alterações introduzidas com o Orçamento do Estado para 2017. Por outro lado, aponta, como pesadas as questões legais e de licenciamento. A sazonalidade do negócio, quase totalmente dependente da actividade turística, é outro aspecto de risco identificado pelos empresários.

 

Franceses e espanhois são os principais hospedes

Os turistas franceses (47%) e os espanhóis (28%) estão entre os hóspedes que mais procuram o AL. São casais em 45% dos casos e cerca de metade não tem mais de 40 anos. Escolham sobretudo em função da localização do imóvel e seguem com atenção os comentários que hóspedes anteriores deixaram nos sites relativamente aos imóveis. Também valorizam muito a decoração e o apoio dado pelos anfitriões.

 

Estes, por seu turno, usam as redes sociais para publicitar os seus alojamentos e cerca de 78% fazem publicidade em plataformas de reserva, sendo a Booking o principal meio de marcação de reservas (45%), seguida do AirBnB, onde as reservas diretas correspondem, aproximadamente, a 9%.

 

O proprietário é, em 45% dos casos, o responsável pela gestão dos seus alojamentos locais, fazendo  a  gestão de reservas, a promoção e o acolhimento dos hóspedes.

 

Finalmente, salienta a AHRESP, 32% dos participantes do estudo dizem que a opinião da vizinhança sobre os alojamentos locais é "globalmente positiva".

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