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Raul Martins: "O alojamento local carece de urgente intervenção legislativa"
A Associação da Hotelaria de Portugal encomendou um estudo para perceber o impacto do alojamento local. Agora, o seu presidente diz que é "urgente" leis mais apertadas para a actividade concorrente.
O presidente da Associação da Hotelaria de Portugal, Raul Martins, defendeu esta quarta-feira, 29 de Novembro, que "a situação do alojamento local carece de urgente intervenção legislativa".
O responsável falava na abertura da apresentação do estudo "Alojamento local – qual o fenómeno?", desenvolvido entre a AHP e a Universidade Nova de Lisboa. O mesmo conclui que 40% do alojamento local que é publicitado na principal plataforma, a Airbnb, se encontra em situação ilegal – o correspondente a 13 mil unidades.
"Tem havido muita polémica e discussões apaixonadas acerca do alojamento local. A hotelaria não pode ignorar esta polémica", acrescentou. O responsável reconheceu que a realidade do alojamento local "faz parte da oferta do alojamento turístico" e, por isso mesmo, não pode ser ignorada.
Raul Martins lembrou a necessidade de se procurar um equilíbrio entre o número de habitantes e de turistas em unidades de alojamento local, de modo a evitar conflitos entre ambos quando diferentes registos convivem no mesmo espaço. Numa entrevista ao Negócios, o líder da AHP já tinha referido a necessidade de os condomínios autorizarem a instalação de unidades de alojamento local nos respectivos prédios.
Até Setembro, o Registo Nacional do Alojamento Local (RNAL) contava com 31.330 unidades registadas a nível nacional. Já a plataforma de alojamento mais utilizada, a Airbnb, apresentava anúncios a 44.808 unidades. A diferença efectiva é, assim, de 13.478 unidades.