Notícia
Pandemia corta atividade turística para metade em março
Os estabelecimentos de alojamento turístico sofreram uma quebra de 49,4% no número de hóspedes e de 58,5% nas dormidas em março.
Os estabelecimentos de alojamento turístico sofreram uma quebra de 49,4% no número de hóspedes e de 58,5% nas dormidas em março, segundo uma estimativa rápida divulgada esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O número de hóspedes recuou para 701 mil e as dormidas totalizaram 1,9 milhões.
O INE refere que as dormidas de residentes terão caído 56,9% em termos homólogos, enquanto as de não residentes apresentam uma quebra de 59,2%. Já no número de hóspedes, a descida é mais pronunciada entre os residentes (-51,2%, para 306 mil) do que nos não residentes (-47,8%, para 395,1 mil)
Os dados de março são também influenciados pelo efeito de calendário, uma vez que o Carnaval ocorreu em fevereiro este ano, enquanto em 2019 foi em março, indica o INE.
Centro e Grande Lisboa mais penalizados
A região do Centro apresentou a maior quebra homóloga no número de dormidas, que afundaram 66,1%, seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (-63,8%) e a região Norte (-60,6%).
A Madeira e o Algarve foram as regiões com quedas menos expressivas, embora em torno dos 50%, com a região autónoma a registar um recuo de 49,2% e o Algarve a apresentar um decréscimo de 52,9%.
A média de dormidas por hóspede cifrou-se em 1,9 para os residentes e em 3,3 para os turistas não residentes.
Entre os turistas estrangeiros, a quebra nas dormidas foi generalizada nos principais mercados emissores. No entanto, a dimensão das descidas variou bastante.
As maiores diminuições verificaram-se nas dormidas dos turistas chineses (-78,8%), italianos (-75,8%), norte-americanos (-68,5%) e espanhol (-66,1%).
Já o mercado canadiano foi, entre os principais mercados emissores, o que registou menor decréscimo (-37,8%), seguindo-se o mercado holandês (-48,1%). Estes foram os únicos mercados com decréscimos inferiores a 50%.
Perspetivas sombrias com reservas canceladas
As perspetivas do setor são bastante negativas para os próximos meses, com 79,2% dos estabelecimentos de alojamento turístico a indicarem que a pandemia provocou o cancelamento de reservas agendadas para os meses de março a agosto.
A Madeira é a região onde mais estabelecimentos indicaram ter registado cancelamentos de reservas (90,6%), seguindo-se os Açores (89,9%), a Área Metropolitana de Lisboa (85%) e o Algarve (82,2%).
Os estabelecimentos de hotelaria são os mais afetados, com 92,5% dos inquiridos a indicarem ter registado cancelamentos de reservas. No alojamento local são 75,8% os que referem cancelamentos e no turismo rural e de habitação esse valor desce para 68,8%.
Abril é o mês mais negro para o setor, coincidindo com o estado de emergência em Portugal e restrições à circulação e à entrada de não residentes. Cerca de 65% dos estabelecimentos de alojamento turístico indicam o cancelamento da totalidade das reservas.
Quando questionados sobre os principais mercados com cancelamentos de reservas (podendo cada estabelecimento identificar até três mercados), o mercado nacional foi o mais referido, tendo sido identificado por 61,2% dos estabelecimentos de alojamento turístico.
O mercado espanhol foi o segundo mais referido (51,3% dos estabelecimentos) seguindo-se o mercado francês (32% dos estabelecimentos), alemão (26,3% dos estabelecimentos) e britânico (22,9% dos estabelecimentos).
(notícia atualizada)
O número de hóspedes recuou para 701 mil e as dormidas totalizaram 1,9 milhões.
Os dados de março são também influenciados pelo efeito de calendário, uma vez que o Carnaval ocorreu em fevereiro este ano, enquanto em 2019 foi em março, indica o INE.
Centro e Grande Lisboa mais penalizados
A região do Centro apresentou a maior quebra homóloga no número de dormidas, que afundaram 66,1%, seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (-63,8%) e a região Norte (-60,6%).
A Madeira e o Algarve foram as regiões com quedas menos expressivas, embora em torno dos 50%, com a região autónoma a registar um recuo de 49,2% e o Algarve a apresentar um decréscimo de 52,9%.
A média de dormidas por hóspede cifrou-se em 1,9 para os residentes e em 3,3 para os turistas não residentes.
Entre os turistas estrangeiros, a quebra nas dormidas foi generalizada nos principais mercados emissores. No entanto, a dimensão das descidas variou bastante.
As maiores diminuições verificaram-se nas dormidas dos turistas chineses (-78,8%), italianos (-75,8%), norte-americanos (-68,5%) e espanhol (-66,1%).
Já o mercado canadiano foi, entre os principais mercados emissores, o que registou menor decréscimo (-37,8%), seguindo-se o mercado holandês (-48,1%). Estes foram os únicos mercados com decréscimos inferiores a 50%.
Perspetivas sombrias com reservas canceladas
As perspetivas do setor são bastante negativas para os próximos meses, com 79,2% dos estabelecimentos de alojamento turístico a indicarem que a pandemia provocou o cancelamento de reservas agendadas para os meses de março a agosto.
A Madeira é a região onde mais estabelecimentos indicaram ter registado cancelamentos de reservas (90,6%), seguindo-se os Açores (89,9%), a Área Metropolitana de Lisboa (85%) e o Algarve (82,2%).
Os estabelecimentos de hotelaria são os mais afetados, com 92,5% dos inquiridos a indicarem ter registado cancelamentos de reservas. No alojamento local são 75,8% os que referem cancelamentos e no turismo rural e de habitação esse valor desce para 68,8%.
Abril é o mês mais negro para o setor, coincidindo com o estado de emergência em Portugal e restrições à circulação e à entrada de não residentes. Cerca de 65% dos estabelecimentos de alojamento turístico indicam o cancelamento da totalidade das reservas.
Quando questionados sobre os principais mercados com cancelamentos de reservas (podendo cada estabelecimento identificar até três mercados), o mercado nacional foi o mais referido, tendo sido identificado por 61,2% dos estabelecimentos de alojamento turístico.
O mercado espanhol foi o segundo mais referido (51,3% dos estabelecimentos) seguindo-se o mercado francês (32% dos estabelecimentos), alemão (26,3% dos estabelecimentos) e britânico (22,9% dos estabelecimentos).
(notícia atualizada)