Notícia
Número de hóspedes aumenta, mas dormidas recuam em Outubro
Há menos turistas britânicos e alemães a escolherem Portugal para passar férias. Isto está a penalizar as dormidas, apesar de o número de hóspedes ter aumentado em Outubro.
O número de hóspedes cresceu 0,7% em Outubro. Mas o mesmo não aconteceu com as dormidas, que registaram um recuo de 0,1% nesse mês face ao período homólogo. Esta diminuição é justificada pela quebra das dormidas de não residentes, sobretudo dos turistas britânicos e alemães.
"Os estabelecimentos hoteleiros e similares registaram 2 milhões de hóspedes e 5,4 milhões de dormidas em Outubro de 2018, correspondendo a variações de +0,7% e -0,1%, respectivamente", de acordo com os dados revelados esta sexta-feira, 14 de Dezembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Enquanto as dormidas de residentes aceleraram e cresceram 10,8% - o mercado interno contribuiu com 1,3 milhões de dormidas - as de não residentes diminuíram 3,2% em Outubro. Desde o início do ano, a quebra é de 2,5%.
Esta diminuição das dormidas de não residentes deveu-se, sobretudo, à redução do número de turistas britânicos - o mercado que mais pesa neste indicador. De acordo com o INE, o "mercado britânico (23,1% do total de dormidas de não residentes) recuou 2,3%. Desde o início do ano, este mercado registou um decréscimo de 8,7%".
Isto num mês em que as dormidas de hóspedes alemães recuaram 7,3%, enquanto o mercado francês registou uma quebra de 2,9%. Nem o crescimento do mercado espanhol (+12,4%), norte-americano (+10,4%) e canadiano (+14,3%) foi capaz de compensar esta quebra.
Apesar desta descida, os proveitos do sector cresceram em Outubro. Os proveitos totais atingiram 332,1 milhões de euros, o que representa um aumento de 2,6%.
Norte e Alentejo escapam à tendência
Os turistas estrangeiros que continuam a vir de férias para Portugal estão a aumentar a sua procura, sobretudo, pelas regiões do Norte e do Alentejo.
"Em Outubro, as dormidas de não residentes registaram crescimentos apenas no Norte (+4,3%) e Alentejo (+3,7%)", de acordo com os dados do INE.
Já os "maiores decréscimos verificaram-se no Centro (-16,6%) e Região Autónoma da Madeira (-5,7%)".