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Mário Ferreira preside a nova associação e "afunda" administração do porto de Leixões

A Associação das Actividades Marítimo Turísticas do Douro (AAMTD) acaba de ser criada por 28 empresas de cruzeiros e hotéis para combater “a inércia total na resolução dos problemas do sector”. Mário Ferreira critica “a falta de diálogo muito grande” com a administração da APDL.

27 de Março de 2018 às 18:04
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Esta terça-feira, 27 de Março, dia em que abre metade da navegação do Douro, "com sete dias de atraso", a Associação das Actividades Marítimo Turísticas do Douro (AAMTD), constituída no passado dia 7, entendeu "ser o momento certo para actuar".

 

Constituída por 28 empresas do sector marítimo turístico (cruzeiros e hotéis), a AAMTD  tem como objectivo principal "discutir soluções com o Governo modo a que sejam zelados, de forma eficaz, os interesses das empresas e dos turistas, até porque se ao fim de 25 anos a associação surge é por ser notória a inércia total na resolução dos problemas do sector", insurge-se Telmo Leite, vice-presidente da nova associação, em comunicado.

Manutenção da via navegável (as bóias de sinalização), marcação e gestão das eclusagens das barragens, garantia das comunicações de segurança na navegação, e cedência da informação em tempo real de caudais e barragens são as principais reivindicações que a AAMTD pretende ver cumpridas por parte da entidade que os tutela, a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL). 

"O permanente e sucessivo atraso na reposição, controlo e balizagem ao longo do rio Douro, fortemente acentuado com a passagem da gestão do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos do Norte (IPTM), na Régua, para a APDL, em Matosinhos, começa a assumir proporções absurdas e que podem até criar situações delicadas no dia a dia", diz Humberto Tenazinha, também vice-presidente da AAMTD.

"A APDL está vocacionada para portos de mar, de mercadorias, não faz sentido nenhum que esteja responsável por actividades navegáveis de rios de interior", considera o mesmo responsável.

 

De acordo com a AAMTD, esta nova associação "reúne 28 empresas do sector que no seu todo empregam milhares de trabalhadores e gerem centenas de embarcações", tendo nos seus objectivos estatutários "defender os legítimos direitos e interesses dos associados e assegurar a sua representação junto de quaisquer entidades, públicas ou privadas"

 

Já Mário Ferreira, presidente da Douro Azul e da AAMTD, adianta estar "muito apreensivo pelo facto de existir uma falta de diálogo muito grande com a APDL".

"Quando lá nos chamam é para preencher calendário e tudo o que sugerimos é ignorado, pode ser que agora com a tomada de posse do novo administrador para área do Douro possam melhorar as coisas", remata o empresário.

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