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Donos dos Tivoli já lucram mais em Portugal do que na Tailândia

A operação portuguesa contribuiu com lucros de quase 70 milhões de euros para a operação consolidada do grupo em 2016. A Minor International espera um 2017 "forte" para Portugal, que beneficiará da percepção de "destino seguro".

Brno Simão
20 de Fevereiro de 2017 às 16:15
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No primeiro ano completo de exercício depois da compra da operação dos Tivoli em Portugal, os tailandeses da Minor International fecharam contas com o negócio português a dar mais lucro do que as suas unidades localizadas no país de origem.


De acordo com os números relativos a 2016, conhecidos esta segunda-feira, 20 de Fevereiro, os donos dos hotéis anteriormente pertencentes ao universo Espírito Santo lucraram em Portugal 2.588 milhões de baht tailandeses (69,6 milhões de euros à cotação actual), que comparam com os 60,73 milhões de euros de resultado líquido oriundo da operação na Tailândia.


Ainda assim, a operação no país de origem continuou a ter um maior contributo para as receitas (muito graças à actividade de restauração), representando quase metade do total – 720,76 milhões de euros, contra os 145,9 milhões de euros de facturação obtida em Portugal e patente nas contas consolidadas do grupo.

O grupo fechou o ano com lucros de 183 milhões de euros a nível global, comparado com 191 milhões de euros um ano antes, um recuo de 4,55%.


A operação portuguesa contribuiu, justifica a empresa, para compensar o crescimento mais lento que o habitual nas receitas das unidades na Tailândia, penalizadas por factores meteorológicos e pelo período de luto pela morte do rei daquele país, em Outubro.

Os primeiros nove meses do ano já mostravam que Portugal tinha sido responsável por metade das receitas do grupo só no segmento de alojamento. No final do ano, o peso manteve-se: 65,75% do total.


Já a época baixa em Portugal e a renovação de algumas unidades pressionaram a receita por quarto disponível dos hotéis no último trimestre do ano, contribuindo para que este indicador caísse 11% em relação ao mesmo período de 2015.


Contudo, a empresa espera que o investimento que está a ser feito nestas unidades portuguesas (23 milhões de euros na renovação de três hotéis) venha a contribuir para o aumento da receita durante 2017, sobretudo na época alta.

É o caso do Tivoli Jardim, em Lisboa, que no início de Abril vai assumir a marca Avani, uma estreia desta insígnia na Europa. Outra marca do grupo, a Anantara, também vai substituir o nome Tivoli numa das unidades: o Victoria em Vilamoura. 

O grupo vê 2017 como um "ano forte" para a Minor International, sendo possível assistir, nos primeiros dois meses deste ano, à retoma económica na Tailândia e a uma receita por quarto disponível acima da verificada em igual período de 2016.

Para a Tivoli Hotels & Resorts, em Portugal, as previsões são "igualmente fortes", espera a empresa, com o mercado a beneficiar da percepção do país enquanto destino seguro, enquanto as renovações em curso vão permitir cobrar preços mais elevados.

"Em Portugal, a indústria turística continuará a beneficiar da alteração da procura de turistas europeus face aos destinos mediterrânicos que ainda enfrentam riscos geopolíticos, combinado com a depreciação do euro face ao dólar," acrescenta um comunicado do grupo.

A compra da rede Tivoli – 14 unidades, duas das quais no Brasil – foi concluída em Fevereiro passado com um valor associado de 230 milhões de euros à cotação actual (8.552 milhões de baht tailandeses). O "fair value" das propriedades compradas é de 10.517 milhões de baht, ou 282,77 milhões de euros. 

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