Notícia
Airbnb duplica hóspedes e gera impacto de 268 milhões em Lisboa
A plataforma de alojamento representa rendimentos de 530 euros para os anfitriões lisboetas. França vence no número de hóspedes, com quase um terço dos 433 mil que pernoitaram na capital em 2015.
A Airbnb gerou um impacto de quase 268 milhões de euros na economia lisboeta. A conclusão foi divulgada pela plataforma de alojamento esta terça-feira, 28 de Junho.
A capital portuguesa duplicou o número de hóspedes registados em 2015 na Airbnb, para os 433 mil. Estes criaram um retorno de 42,8 milhões ao nível de arrendamento e 224,9 milhões na economia local.
Lisboa conta com 4.550 anfitriões registados. A maioria tem apenas um anúncio (72%) e opta por partilhar a casa onde vive, garantem os responsáveis da plataforma. Em média, o arrendamento dos espaços representa rendimentos mensais de 530 euros para os anfitriões lisboetas, com os espaços ocupados durante 76 noites por ano.
França traz quase um em cada três hóspedes registados em Lisboa através da Airbnb. É seguida pela Alemanha na representatividade. A maioria dos visitantes justifica a escolha por este tipo de alojamento para poder viver como um local.
Em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, a Airbnb começou a colectar – em nome dos empresários de alojamento local inscritos na plataforma – a taxa turística de entrada na cidade. Ainda não há balanço, mas os responsáveis acreditam que esta contribuirá para baixar o número de alojamentos em situação ilegal existentes na plataforma.
"Não temos capacidade. É algo que tem de ser feito pelas autoridades locais", reagem o responsável ibérico de políticas públicas Àngel Mesado e o líder português Ricardo Macieira, admitindo o incumprimento legal por parte de alguns anfitriões registados.
Mesado elogia a forma como o Governo português apoia a inovação de serviços como o da Airbnb. "O Governo português fez uma afirmação clara pela inovação. Esperamos desenvolver negociações no sentido de tornar as regras ainda mais acessíveis", aponta.
Ricardo Macieira recorda ainda o impacto da Airbnb na reabilitação urbana e na revitalização de outras zonas da cidade, já que "70% dos hóspedes ficam fora dos bairros históricos" de Alfama, Chiado e Baixa.
O foco está agora em melhorar ainda mais o nível de qualidade prestado pelos anfitriões portuguesas na sua relação com os hóspedes, apesar de uma avaliação que está já acima da média (4,6/5).
A nível nacional, a plataforma de alojamento tem já registados 15 mil anfitriões, que obtêm em média rendimentos mensais de 290 euros e 68 noites de alojamento por ano. A maioria (71%) conta com apenas um anúncio.
A Airbnb registou em 2015 cerca de 912 mil chegadas de hóspedes, motivados por férias e lazer. Lisboa acaba por pesar metade do país. As regiões do Porto e Algarve estão também a registar crescimentos significativos.