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Operadores do porto de Setúbal contra terminal no Barreiro

Comunidade Portuária de Setúbal realça subaproveitamento do porto da região e actuais acessibilidades para exigir que a rentabilização de estruturas já disponíveis seja alternativa à construção de um novo terminal.

Miguel Baltazar/Negócios
10 de Outubro de 2014 às 18:46
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A Comunidade Portuária de Setúbal (CPS), que representa as empresas que operam no porto da região, entende que qualquer estudo comparativo que envolva a região da grande Lisboa, em matéria de infra-estruturas portuárias, deve "incluir a oferta existente na região".

 

Comentando as notícias sobre o estudo da Administração do Porto de Lisboa que apontou para a opção Barreiro para o projecto de construção de um novo terminal de contentores, a CPS considera que qualquer estudo comparativo deverá ser realizado "a um nível superior", no âmbito do IMT ou da própria Secretaria de Estado.

 

Em comunicado, os operadores destacam a "ampla capacidade instalada, disponível e subaproveitada já existente no porto de Setúbal", assim como as "ligações rodo e ferroviárias e boas acessibilidades marítimas, com capacidade de resposta aos mesmos objectivos".

 

Razões, referem, que exigem "uma rigorosa análise comparativa não só das capacidades existentes, mas sobretudo das vantagens e desvantagens em rentabilizar estruturas já disponíveis, ainda que passíveis de algumas melhorias a custo reduzido, versus novas construções com custos de investimento globais e de manutenção incomensuravelmente superiores".  

 

No mesmo comunicado, a CPS afirma que, "porque a actividade portuária é fortemente sensível aos benefícios de escala e existindo já no porto de Setúbal uma infra-estrutura com ampla capacidade disponível para servir quer o mercado actual quer o esperado aumento do tráfego de contentores afecto à região da grande Lisboa, entendemos ser Setúbal a opção mais adequada e a mais competitiva para dar cabal resposta àquela tendência de crescimento".

  

Para os operadores de Setúbal, "a existir algum potencial na opção Barreiro, deverá ser resguardado para e quando houver aumento da procura que justifique uma nova construção em infra-estruturas portuárias de raiz".

 

"Factores de custo associados a dragagens de manutenção e a impactos ambientais de elevada relevância terão sempre de ser rigorosamente equacionados, de modo à salvaguarda de decisões mais realistas e dimensionadas às nossas melhores opções estratégicas", afirmam.

 

Entre os associados da CPS contam-se, entre outros, a Secil, Sapec, Somincor, Lisnave, Alstom e Portucel.

 

 

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