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Linha circular do Metro de Lisboa recebe 83 milhões de Bruxelas
O Governo decidiu avançar com a linha circular do Metro de Lisboa, um projeto que representa um investimento total de 276 milhões de euros. De Bruxelas vêm 83 milhões do Fundo de Coesão.
A Comissão Europeia aprovou o investimento de 83 milhões de euros na linha circular do metro de Lisboa. O valor do apoio de Bruxelas já era conhecido e tinha sido mencionado pelo governo, mas só agora foi oficializado pela Comissão Europeia.
A verba vem do Fundo de Coesão, que em Bruxelas é gerido pela comissária portuguesa Elisa Ferreira. "Este projeto trará benefícios para a área metropolitana de Lisboa: ligações mais fáceis entre todos os modos de transporte público, tempos de viagem mais curtos, redução das emissões de CO2 e melhor acesso a estes serviços, nomeadamente para as pessoas com mobilidade reduzida", refere a antiga vice-presidente do Banco de Portugal, no comunicado enviado pela Comissão Europeia.
Apesar da contestação de vários quadrantes, o Governo decidiu avançar com a linha circular do Metro de Lisboa, um projeto que representa um investimento total de 276 milhões de euros. O ministro do Ambiente, Matos Fernandes, tinha já referido em abril que a obra "recebeu aprovação como grande projeto europeu, a que corresponde a atribuição de um apoio do Fundo de Coesão no valor de 83 milhões de euros".
No comunicado desta quinta-feira, a Comissão Europeia salienta que "o projeto irá melhorar as ligações, eficiência e segurança das linhas de metro da capital portuguesa", sendo que depois de concluída a linha circular "a rede de metro melhorada reduzirá os estrangulamentos e os tempos de viagem na área metropolitana de Lisboa".
Bruxelas revela que foi a 12 de março que Portugal solicitou o apoio do Fundo de Coesão para a conclusão da "linha amarela", tendo a avaliação técnica da Comissão concluído que "se justificava a contribuição financeira do Fundo de Coesão".
O Governo português determinou em abril, depois de promulgado o Orçamento do Estado de 2020, que o Metro de Lisboa prosseguisse com os investimentos previstos, seja na aquisição de novas composições seja no projeto da linha circular.
Na promulgação do Orçamento, o Presidente da República deu luz verde para a linha circular do Metro ao considerar que as normas introduzidas pelo Parlamento no sentido da suspensão do projeto "não têm efeito vinculativo".
O Metro de Lisboa assinou em maio com a construtora Zagope o contrato para a execução da empreitada de construção do lote 1 da futura linha circular, que respeita à ligação entre as estações do Rato e de Santos, num contrato que tem o valor de 48,6 milhões de euros.