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Governo avalia resultado do concurso para estudar novo aeroporto

Pedro Nuno Santos assumiu ter "dúvidas" sobre o resultado do  concurso para a avaliação ambiental estratégica do novo aeroporto de Lisboa, que classificou o consórcio da espanhola Ineco em primeiro lugar.  "O júri não entendeu que havia conflito de interesses", afirmou o ministro, lembrando que o agrupamento inclui também duas empresas portuguesas.

09 de Maio de 2022 às 17:33
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O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, admitiu esta segunda-feira, no Parlamento, ter "dúvidas" sobre o resultado do concurso púbico para a realização da avaliação ambiental estratégica para o aumento da capacidade aeroportuária na região de Lisboa, que classificou em primeiro lugar a proposta da portuguesa Coba e da empresa de capitais públicos espanhola Ineco.

"Estamos a avaliar o que fazer", disse o governante na audição sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2022, salientando que "o júri não entendeu que havia conflito de interesses".

"Houve um concurso internacional que respeita regras muito definidas do ponto de vista internacional e o júri chegou a um determinado resultado", frisou o ministro, acrescentando que "a questão que se coloca é o que é que se faz" já que "nós não interferimos no concurso".

"Estamos a falar de um consórcio que tem duas empresas portuguesas, a Coba e a PLMJ , isso também tem significado naquilo que se possa vir a fazer", disse ainda.

Para Pedro Nuno Santos, esta é "uma questão relevante, que estamos ainda a avaliar". "Houve um concurso lançado, um resultado e não foi impugnado", acrescentou.

O jornal Eco noticiou no fim de abril que o consórcio da Coba e Ineco era o vencedor do concurso, tendo apresentado um preço de 1.999.980 euros.

Na passada sexta-feira, o Expresso avançou que a atribuição da avaliação ambiental estratégica ao consórcio que integra a empresa com capitais públicos que participou na estruturação dos aeroportos espanhóis - que é o escolhido, mas não tem ainda o contrato assinado – levou a Iniciativa Liberal a questionar o Governo português sobre a eventual existência de conflitos de interesse.

 

Também Carlos Matias Ramos, ex-presidente da Ordem dos Engenheiros, questiona, segundo o mesmo jornal, o facto de a Ineco ter como acionista o concessionário de um dos principais concorrentes da ANA - Aeroportos de Portugal e da estratégia de hub de Lisboa.

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