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Comboio de alta velocidade será "transformador" para Leiria, Coimbra, Aveiro e Braga

"A linha de alta velocidade é um projeto estruturante para o país, que vai mudar de forma radical a forma como as duas áreas metropolitanas [Lisboa e Porto] se relacionam", destacou Pedro Nuno Santos.

As construtoras portuguesas não estão a apresentar propostas em alguns concursos devido aos preços-base.
Miguel Baltazar
09 de Maio de 2022 às 23:24
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O ministro das Infraestruturas afirmou hoje que a linha ferroviária de alta velocidade será "transformadora" para cidades como Leiria, Coimbra, Aveiro e Braga, bem como para um conjunto de cidades do interior.

Pedro Nuno Santos está a ser ouvido na comissão parlamentar conjunta de Orçamento e Finanças e Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, no âmbito da apreciação, na especialidade, do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

Em resposta aos deputados, que questionam o ministro das Infraestruturas e da Habitação há cerca de seis horas, Pedro Nuno Santos defendeu que a linha ferroviária de alta velocidade é um projeto "transformador para cidades como Leiria, Coimbra, Aveiro e Braga" e que vai beneficiar também "um conjunto de cidades no interior do país".

"A linha de alta velocidade é um projeto estruturante para o país, que vai mudar de forma radical a forma como as duas áreas metropolitanas [Lisboa e Porto] se relacionam", destacou o governante.

O comboio de alta velocidade permitirá, lembrou o ministro, ir de Lisboa ao Porto em cerca de 47 minutos e de Braga a Lisboa em uma hora e 15 minutos.

O ministro disse esperar que a avaliação de impacto ambiental esteja concluída em 2023, para que o concurso público possa ser lançado no início de 2023, as obras comecem em 2024 e estejam concluídas em 2028.

Numa primeira fase, será construído o troço Porto-Aveiro e Aveiro-Soure (Coimbra), seguindo-se depois para a construção da ligação até ao Carregado (concelho de Alenquer, distrito de Lisboa), para início em 2026 e conclusão em 2030.

Para a segunda fase, está prevista a construção da ligação Porto-Vigo (Espanha), que Pedro Nuno Santos considerou "muito importante", uma vez que a Galiza é a região espanhola com quem Portugal tem relações mais estreitas.

"Do ponto de vista da ligação a Vigo, nós estamos mais adiantados, efetivamente", apontou o ministro.

Quanto ao corredor sul, para ligar Lisboa a Madrid, o governante referiu que se trata de um debate que tem de continuar a ser feito e uma questão com a qual não se pode comprometer.
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