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Governo arranca hoje com apresentação aos partidos do plano para salvar a TAP

O plano de reestruturação que prevê a injeção de 1,8 milhões de euros na transportadora vai ser apresentado aos partidos entre hoje e amanhã, antes de ser enviado para Bruxelas. O esboço foi aprovado na última noite e prevê cortes de postos de trabalho e reduções salariais.

Pedro Nuno Santos diz que todas as partes vão ser chamadas a participar no esforço da TAP.
Miguel A. Lopes/Lusa
09 de Dezembro de 2020 às 10:46
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O Governo começa esta quarta-feira de manhã as reuniões com os vários partidos com assento parlamentar para apresentação do plano de reestruturação desenhado para a TAP. O PCP deverá ser o primeiro, ainda de manhã, seguindo-se-lhe, durante a tarde, o PS, Bloco de Esquerda e PAN. Para quinta-feira está agendada, para já, a reunião com o PSD.

 

Os encontros decorrerão de forma presencial e não presencial e da parte do Governo não estão previstas declarações no final.

 

O plano, recorde-se, foi aprovado pelo Executivo numa reunião do Conselho de Ministros extraordinário na última noite e prevê a injeção de mais 1,8 mil milhões de euros na companhia aérea até 2024, juntamente com corte de postos de trabalho e reduções salariais.

 

De acordo com a RTP, o esboço do plano teve já luz verde, mas pode ser ainda alvo de reajustes no conselho de ministros ordinário desta quinta-feira, antes de ser entregue em Bruxelas nesse dia.

 

O Eco avançou na noite de terça-feira que o plano prevê um financiamento adicional de 1.800 milhões de euros para a companhia aérea nos próximos quatro anos, que poderá ser através de injeções de dinheiros públicos ou garantias estatais para empréstimos. A confirmar-se este valor a TAP receberá ajudas públicas no valor de 3 mil milhões de euros até 2024, pois já recebeu 1.200 milhões de euros.

 

O jornal refere ainda que a TAP fechará este ano com resultados antes de juros e impostos (EBIT) de aproximadamente 900 milhões de euros negativos. Este valor deverá diminuir para 600 milhões negativos no próximo ano e para 50 milhões negativos em 2022. Em 2023 a companhia aérea já deverá alcançar um EBIT positivo.

 

De acordo com a TSF, a ajuda pública em 2021 deverá ascender a quase 1,2 mil milhões de euros, ficando perto do valor já injetado na companhia aérea em 2020 e muito acima dos 500 milhões de euros previstos no Orçamento do Estado. O Expresso avançou que as ajudas públicas extra até 2024 são de 1,6 mil milhões de euros.

 

A apresentação do plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia até quinta-feira é uma exigência da Comissão Europeia, pela concessão de um empréstimo do Estado de até 1.200 milhões de euros, para fazer face às dificuldades da companhia, decorrentes do impacto da pandemia de covid-19 no setor da aviação.

O plano prevê o despedimento de 500 pilotos e 750 trabalhadores de terra, assim como a redução de 25% dos seus salários, divulgaram os sindicatos que os representam.

 

No domingo, no seu espaço de comentário na SIC, Marques Mendes disse que o Governo vai levar a debate no parlamento o plano de reestruturação da TAP.

"Tanto quanto eu sei o Governo até já informou disso o PSD, enquanto principal partido da oposição. Depois de ser aprovado em Bruxelas, o Governo vai querer levar este assunto, este plano a debate e a votação na Assembleia da República", disse Luís Marques Mendes.

 

O Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC) e o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) apelaram ao Governo que negoceie com Bruxelas o adiamento da apresentação do Plano de Reestruturação da TAP, denunciando que este está baseado em previsões de mercado "completamente desatualizadas".

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