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Governo aprovou plano da TAP que prevê mais ajudas públicas de 1,8 mil milhões

A reunião do conselho de ministros extraordinário decorreu noite dentro e, de acordo com a RTP, o esboço do plano teve já luz verde.

O plano de reestruturação da TAP tem de ser apresentado a Bruxelas até 10 de dezembro, mas o Governo pretende entregá-lo ainda em novembro.
Miguel Baltazar
09 de Dezembro de 2020 às 09:05
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O Governo aprovou na última noite o plano de reestruturação da TAP que prevê a injeção de mais 1,8 mil milhões de euros na companhia aérea até 2024, que será alvo de corte de postos de trabalho e reduções salariais.

 

A reunião do conselho de ministros extraordinário decorreu noite dentro e, de acordo com a RTP, o esboço do plano teve já luz verde. Contudo, pode ser ainda alvo de reajustes no conselho de ministros ordinário desta quinta-feira, sendo que hoje o plano deverá ser apresentado aos partidos e só amanhã entregue em Bruxelas.
 

O Eco avançou na noite de terça-feira que o plano prevê um financiamento adicional de 1.800 milhões de euros para a companhia aérea nos próximos quatro anos, que poderá ser através de injeções de dinheiros públicos ou garantias estatais para empréstimos. A confirmar-se este valor a TAP receberá ajudas públicas no valor de 3 mil milhões de euros até 2024, pois já recebeu 1.200 milhões de euros.

 

O jornal refere ainda que a TAP fechará este ano com resultados antes de juros e impostos (EBIT) de aproximadamente 900 milhões de euros negativos. Este valor deverá diminuir para 600 milhões negativos no próximo ano e para 50 milhões negativos em 2022. Em 2023 a companhia aérea já deverá alcançar um EBIT positivo.

 

De acordo com a TSF, a ajuda pública em 2021 deverá ascender a quase 1,2 mil milhões de euros, ficando perto do valor já injetado na companhia aérea em 2020 e muito acima dos 500 milhões de euros previstos no Orçamento do Estado. O Expresso avançou que as ajudas públicas extra até 2024 são de 1,6 mil milhões de euros.
 

A apresentação do plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia até quinta-feira é uma exigência da Comissão Europeia, pela concessão de um empréstimo do Estado de até 1.200 milhões de euros, para fazer face às dificuldades da companhia, decorrentes do impacto da pandemia de covid-19 no setor da aviação.

O plano prevê o despedimento de 500 pilotos e 750 trabalhadores de terra, assim como a redução de 25% dos seus salários, divulgaram os sindicatos que os representam.

 

No domingo, no seu espaço de comentário na SIC, Marques Mendes disse que o Governo vai levar a debate no parlamento o plano de reestruturação da TAP.

"Tanto quanto eu sei o Governo até já informou disso o PSD, enquanto principal partido da oposição. Depois de ser aprovado em Bruxelas, o Governo vai querer levar este assunto, este plano a debate e a votação na Assembleia da República", disse Luís Marques Mendes.

 

O Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC) e o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) apelaram ao Governo que negoceie com Bruxelas o adiamento da apresentação do Plano de Reestruturação da TAP, denunciando que este está baseado em previsões de mercado "completamente desatualizadas".

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