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Cabify quer plataformas na faixa “bus” e espaço nos aeroportos

A plataforma de transporte fez chegar um conjunto de propostas ao Governo, grupos parlamentares e IMTT, numa altura em que a regulação para o sector continua pendente no Parlamento.

06 de Dezembro de 2017 às 11:01
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A Cabify quer que as plataformas de transporte passem a ter acesso às faixas "bus" e uma zona exclusiva junto a aeroportos e estações de comboio.

As propostas integram um pacote que a aplicação de transporte, rival da Uber, apresentou ao Governo, grupos parlamentares e Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres, numa altura em que o enquadramento legal desta actividade está ainda pendente no Parlamento.

O acesso às faixas "bus" é actualmente exclusivo dos autocarros e táxis. Nos aeroportos, as plataformas também não contam com uma zona própria, o que tem espoletado algumas situações de conflito com taxistas ao longo dos últimos meses.

A Cabify vai mais longe e propõe que sejam realizados testes psicotécnicos, bem como formação presencial obrigatória, para que os motoristas sejam integrados nas plataformas. Outro dos requisitos que se querem aplicados é a apresentação do registo criminal.

Para garantir a segurança dos passageiros, a Cabify sugere ainda que sejam aplicados mecanismos que "permitam manter registo em tempo real das viagens e motoristas". A bordo, a plataforma quer também que sejam garantidas condições para transportar crianças e deficientes motores.

Já em relação às tarifas, a vontade é de que as plataformas continuem a fixar o preço de uma forma "livre" e não fecha a porta – tal como a sua concorrente Uber – à "possibilidade de integração de táxis nas plataformas".

O director-geral da Cabify em Portugal, Nuno Santos, considera que as propostas representam um "contributo claro e transparente da empresa no processo regulatório em curso".

Recorde-se que esta terça-feira, 5 de Dezembro, o Tribunal da Relação de Lisboa rejeitou um recurso da Uber, considerando ilegal a actividade da plataforma, depois de uma acção movida em 2015 pela ANTRAL, associação que representa os taxistas.

Contudo, a decisão incide sobre a americana Uber Tecnologies Inc. O negócio português responde à Uber BV, com sede na Holanda, daí que não se prevejam para já efeitos desta decisão judicial.

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