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Responsável pelo marketing, comércio digital e comunicação sai da TAP
Abílio Martins, que entrou na TAP em 2016, chegou a acordo para deixar a companhia aérea a partir de hoje.
Abílio Martins, membro do C-level da TAP e chief Mkt&sales officer, saiu da companhia aérea no âmbito do plano de reestruturação que a empresa está a implementar para cortar custos através da redução da força laboral.
Abílio Martins, que entrou na TAP em 2016, chegou a acordo para deixar a companhia aérea. Exercia o cargo de chief Mkt&sales officer, sendo membro do C-level com os pelouros do marketing, comércio digital e comunicação.
Numa carta de despedida enviada aos colaboradores, a que o Negócios teve acesso, Abílio Martins dá conta que "hoje é o meu último dia na TAP".
"Apesar das enormes dificuldades com que nos confrontamos hoje, assim deve continuar a ser nos próximos anos para que seja possível dobrar este cabo das tormentas", refere a carta, onde Abílio Martins assinala que "este último ano confrontou-nos com um teste sem paralelo em que todos estivemos à altura das circunstâncias, revelando capacidade de sacrifício e concentração".
Entre os marcos alcançados pela companhia nos últimos anos, o diretor destaca que a TAP deixou de ser a segunda pior companhia da Star Alliance, para integrar a média da indústria, o indicador que mede a satisfação do cliente duplicou em dois anos e que a TAP é agora uma empresa mais "robusta, temos uma frota renovada, consistente, mais eficiente e ecológica".
A TAP reduziu no ano passado o número de trabalhadores em 900 pessoas (menos 10%), tendo chegado ao final de 2020 com um total de 8.106 funcionários. Já ao pacote de medidas voluntárias lançado pela transportadora em fevereiro, e que se prolongou por uma segunda fase até 16 de abril, houve 791 adesões, o que representa um redimensionamento de cerca de 730 postos de trabalho.
Apesar dos acordos de emergência e das medidas voluntárias, diz a gestão da TAP, é ainda necessário um redimensionamento entre 435 e 500 trabalhadores.
O plano de reestruturação entregue a Bruxelas prevê um corte da massa salarial de 1,4 mil milhões até 2025.